Editorial – As polêmicas envolvendo a Zona Azul de Osasco não têm fim. Os parquímetros da AutoParque –empresa prestadora do serviço- são antigos, desatualizados e causam pânico no comércio ao ‘sugar’ o trocado dos estabelecimentos (pois só aceitam moedas). Modelos atuais aceitam notas e até cartão de crédito ou débito, garantindo a mobilidade e rotatividade.
Na semana passada, um novo modelo de aplicação de multas foi denunciado ao PlanetaOsasco por um morador da região central, cuja ação da fiscalização estaria ligada a uma realidade político-eleitoral. Agentes do trânsito teriam de priorizar carros com placa ‘de fora de Osasco’ para autuar.
Nossa reportagem acompanhou por três dias veículos que tinham seus tickets vencidos e constatou carros multados independentemente do município de origem, majoritariamente de Osasco, contrariando o conteúdo denunciado.
A frequência de multas de fato é muito grande; alguns motoristas reclamam que os veículos receberam notificações enquanto tentavam –em vão- procurar moedas para alimentar os parquímetros.
Na última terça-feira, nossa equipe constatou dois veículos notificados por menos de cinco minutos de atraso nos tickets, fato que por si só impossibilita a checagem cordata da situação.
O Secretário de Transportes e Mobilidade Urbana, João Góis -vereador licenciado-, foi questionado no ano passado por seus colegas da Câmara Municipal acerca dos motivos da ‘agressividade’ de seus agentes.
O direcionamento das autuações sempre foi motivo de especulação entre os munícipes. É comum campanhas de fiscalização -deflagradas sem nenhum aviso- causar multas por conta de falta de cinto de segurança ou por paradas para descida de passageiros. Algumas dessas multas são feitas em papel comum, sem numeração, contrariando as regras de trânsito vigentes.
O governo Lapas não respondeu nossas tentativas de contato. Buscamos durante toda a tarde de hoje conversar com o Secretário de Comunicação, Roberto Trapp, porém sem sucesso.
Editorial PlanetaOsasco.com Foto: JSc Utilidade Pública
