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Para nós, qual o horizonte das eleições de 2018?

Opinião do professor MARCO AURÉLIO – O Planeta publicou um editorial com o título: Quem serão os candidatos de Osasco em 2018? Bela e instigante pergunta. Depois que li o texto, liguei para alguns amigos e fiz a mesma pergunta. Obtive como resposta nomes que me levaram a uma viagem no túnel do tempo. Os mesmos nomes que “se dizem novos” são antigos no conceito de fazer política e de pensar as eleições. Conclusão: o Brasil é um país autoritário.  

Quando fiz minha primeira faculdade, Jornalismo, na década de 80, debatemos em sala de aula o governo JK com a professora Maria Vitoria Benevides (autora do livro Juscelino Kubistchek: desenvolvimento econômico e estabilidade política), que falava em fazer em cinco anos o que o Brasil poderia ter feito em 50 anos. Concluímos que muitos brasileiros gostavam do autoritarismo.  Estabilidade política e desenvolvimento econômico, linha defendida por JK não era bem vista por aqueles que apoiaram o Golpe Militar em 1964.

Leio no Estadão (caderno Aliás de domingo- dia 13 de agosto) que a “violência nas peças de Shakespeare pode ser analisada como um retrato do espírito autoritário da sociedade elisabetana inglesa”. Acredito que nosso país possa ser analisado da mesma forma. Em época de crise, como a que vivemos, leio e vejo todos os dias discursos e gestos autoritários, que no máximo chegam no assistencialismo barato e nunca na inclusão social e econômica que precisamos. O velho Centrão Político, aquele que foi derrotado na Constituinte de 1988, não gosta do PROUNE, da FARMÁCIA POPULAR, do FIES, do Ciência Sem Fronteiras, dos Programas Minha Casa Minha Vida e do BOLSA FAMILIA, do respeito ao Meio Ambiente, das novas Universidades Federais, do superavit primário do governo Lula, das Eleições Diretas e de Políticas Públicas que diminuíram a nossa miséria. Pior, ainda acreditam no falido Consenso de Washington. 

Estamos em 2017. Já vivemos uma Ditadura Militar que mentiu para o povo e eliminou nossas lideranças políticas. Já produzimos um Constituição em 1988 que pensou um Brasil capaz de combater as nossas seculares desigualdades.  Por fim, já tivemos três presidentes de qualidade. Dois são elogiados até hoje mundo afora. E a última foi afastada por um golpe parlamentar articulado e comandado pelo velho Centrão Político desse país, que nunca se conformou com o fim da Ditadura e nem com a inclusão dos pobres, dos mestiços, dos negros e das mulheres na economia capitalista brasileira.

MAS VAMOS PENSAR EM OSASCO.

Mas vamos pensar em Osasco. Para Deputado estadual, partidos como PDT, PR, PODEMOS, PPS, PRP e uma ala governista do PT devem ter seus candidatos. Todos terão que disputar votos com a atual Deputado Estadual da cidade, Marcos Martins, excelente parlamentar petista de longa experiência e que tem marcado sua trajetória política na defesa das vítimas do amianto, do mercúrio e dos que não tem voz.

Para Deputado Federal deverá haver uma Deputada Federal de fora que quer conquistar o leitorado daqui, com apoio do Prefeito, e um político que já foi legislador e executivo, respeitado por todos por sua qualidade, sua liderança e sua preocupação com uma agenda inclusiva para todos os excluídos.

Não se trata apenas destacar as qualidades do ex-prefeito Emidio de Sousa, mas de enaltecer sua visão moderna de governo e parlamento. É disso que precisamos para desenvolver e democratizar a economia capitalista do país: incluir os excluídos como diz Roberta Luchsinger, ex-mulher de ex-deputado Protógenes Queiróz.

 

Marco Aurélio Rodrigues Freitas é jornalista, biomédico, historiador e professor das redes municipal e estadual de São Paulo. Escreve todas as semanas no site Planeta Osasco.

 

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Marco Aurélio

Marco Aurélio Rodrigues Freitas, Jornalista, Biomédico, Historiador e Professor das redes municipal e estadual de São Paulo. Crônicas no Planeta Osasco.

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