O que fazer em tempos de COVID 19. Aliás, acho que estou ficando velho e chato.

Por Marco Aurélio – Acho que estou ficando velho, vi na rede Globo, a ginasta Nádia Comaneti, Uma esportista única. Nota mil e não 10, somente. Na época eu tina 20 anos, hoje tenho 65, e luto nas redes estadual e municipal de São Paulo, para me aposentar, com todos os meus direitos conquistados.
Hoje, vivemos a crise mundial do Coronavirus. Um vírus surgido na Ásia. Nem preciso falar do vírus do HIV, e toda polêmica em torno da sua origem. E da inserção dos EUA em torno dessa polêmica. Agora, Trump quer transformar sua incompetência administrativa e política de forma parecida com a antiga polêmica do HIV. Ninguém merece esse homem. Nem o povo norte-americano.
O Coronavirus que vem destruindo a Europa, os EUA e claro o Brasil, também nos faz pensar no futuro. Não seremos mais iguais depois de tudo. Aliás, existe um ditado oriental, que diz assim a agua que passa debaixo da ponte nunca é a mesma. Lulu Santos canta: “…. nada do que foi será… de novo o que a gente viu a um segundo…”. Falava isso para os meus alunos do noturno do Campesina, quando eles me perguntam se a prova substitutiva seria igual a principal.
Por isso, falo para os amigos e alunos, que o Brasil tem dois caminhos: no primeiro o povo pode finalmente acordar e perceber como a unidade de todos é importante para mudar tudo.
No segundo, é possível que tenhamos mais ação dos conservadores em busca de um país mais discriminador ainda… e esse segundo caminho não é bom para ninguém.
Acho, sinceramente, que não teremos um Estado do Bem Estar Social. como faz questão de dizer o meu professor coordenador, Leandro Karnal, da pós da Unicamp, na sua análise do pós guerra mundial (vídeo difundido em todas as redes sociais). Mas acredito que teremos uma radicalização do pensamento “liberal” e “assistencialista” nos próximos anos. E, nós, que acreditamos na democracia, que lutou contra a Ditadura. o Assistencialismo e o Populismo dos anos 1980, precisamos lutar muito, para finalmente vencermos a luta social e histórica deste país. E colocarmos no centro do debate palavras como solidariedade e um Estado inovador e fundamentalmente preocupado com a população carente e alijada das regras do capitalismo internacional.
Por fim, eu proponho que ao final deste texto, ouçamos a música de Lulu Santos, agora:
Marco Aurelio Rodrigues Freitas é jornalista, biomédico e historiador formado pela USP, professor das redes estadual e municipal de São Paulo, suas crônicas são publicadas todas as semanas no site Planeta Osasco. Foi Secretário de Educação de Osasco e Diretor Geral da FITO.