Com campus em Osasco, Unifesp emite nota sobre rombo em seu orçamento

Corte anunciado pelo Ministério da Economia, do governo federal, impede instituição de pagar despesas básicas e subsídios. Universidade informou que tem R$ 5,8 milhões em dívidas em dezembro

Nota divulgada nesta sexta-feira (02) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) informou que o novo bloqueio de créditos orçamentários nas universidades federais, além da retirada de limites financeiros, feito pelo Ministério da Economia, da União governo, impedem a continuidade do funcionamento da instituição.

Na nota, a Unifesp explica que entre 2019 e 2022, a Universidade teve redução de 26,5% em seu orçamento de custeio, destinado à manutenção da universidade por meio de contratos de limpeza, vigilância, luz, água, etc. ​A gravidade, o valor referente ao financiamento da Unifesp em 2022 é inferior ao valor recebido em 2007 (aproximadamente R$ 78 milhões em 2007 e R$ 69 milhões em 2022).

Neste mesmo período, os recursos de investimento para obras, reformas, aquisição de equipamentos, livros, softwares, entre outros, que chegaram a R$ 163 milhões em 2011, foram de apenas R$ 3 milhões em 2022. o recurso para assistência estudantil sofreram forte redução em 2021 (19,1%) e voltaram aos níveis de 2019 em 2022.

“Os valores reconhecidamente muito inferiores colocam a situação financeira para esse fim abaixo do mínimo necessário para atender às reais necessidades de nossos alunos, corroídos pelo processo inflacionário, além de impedir o desenvolvimento de ações e a ampliação de políticas de permanência” , informam os representantes da Reitoria, Pró-Reitor de Administração e Pró-Reitor de Assistência Estudantil.

Situação atual
No exercício de 2022, com um orçamento já extremamente reduzido, outro corte de 14,2% foi feito em junho. Soma-se a esse quadro agora mais um bloqueio de crédito, que tem levado as universidades federais a terem crédito negativo.

Além das questões orçamentárias, também foram redefinidos os limites financeiros do MEC, incluindo todas as suas unidades vinculadas, portanto as universidades federais. “Hoje a Unifesp tem R$ 5,8 milhões para pagar sem recursos financeiros para honrá-los. Isso significa que você não poderá pagar neste mês ações e compromissos previstos, incluindo bolsas de Iniciação Científica, bolsas de Extensão, contas de consumo como luz, água e esgoto, gás, internet, contratos de manutenção e obras, entre outros.

“A situação é gravíssima, pois afeta o funcionamento básico da universidade e, principalmente, a sobrevivência de centenas de pessoas e famílias que de alguma forma se relacionam com a instituição, sejam estudantes ou terceirizados”, afirmam. concluir.

Controvérsia
No final de novembro, em visita a Osasco, o deputado Kim Kataguiri (União Brasil) foi assediado e chamado de fascista no campus da Unifesp, localizado no Jardim das Flores, em Osasco. Um parlamentar estava na unidade para assistir a uma palestra e foi interrompido por um grupo de estudantes que protestava contra sua presença. O parlamentar criticou a atitude dos estudantes que se manifestaram contra ele e afirmou que o grupo não aceita debater assuntos de interesse da coletividade. “Eles simplesmente não aceitam o debate”, disse ele. O político acrescentou que esta é a “democracia que a esquerda universitária gosta”.