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Os produtos mais visados são alimentos, cigarros, eletrônicos, bebidas, remédios e perfumes. A capital paulista foi a que teve o maior número de ocorrências, seguida por Guarulhos, São Bernardo, Osasco e Itapecerica da Serra
A cada hora e meia, ocorre um furto de carga no Estado de São Paulo. São 17 ocorrências por dia, 525 por mês e de janeiro a setembro já foram registradas 4.725 ocorrências. Os dados são do Boletim Rastreador-Fecap, que acaba de ser tabulado. Houve um aumento de 2% nesse tipo de crime nos primeiros nove meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Maio e julho concentraram os maiores crescimentos (11% e 10%, respectivamente), na comparação com os mesmos períodos de 2021.
“A ausência do Estado, principalmente nas regiões periféricas, permite o escoamento econômico de mercadorias ilícitas, furtadas, falsificadas, contrabando e outros crimes. Sabe-se, inclusive, que empresários de todos os portes estão envolvidos em atividades de dispersão, financiamento e transmutação de cargas furtadas. O furto de carga e o crime de receptação são considerados leves no Código Penal. Assim, a relação custo-benefício favorece a prática de atividades ilícitas que proporcionam alta rentabilidade com baixo risco”, analisa o coordenador do Departamento de Pesquisa em Economia do Crime – Fecap, Erivaldo Costa Vieira.
Os tipos de carga mais visados pelos bandidos são alimentos (23,58%), cigarros (8,79%), eletrônicos (5,20%), bebidas (4,70%), remédios e perfumes (4,38%). . Para o coordenador da Central de Operações do Grupo Rastreador, o crescimento das vendas online interfere diretamente no aumento desse crime. “Os criminosos aproveitam as diversas paradas de entrega porta a porta para abordar e render os motoristas, apoderando-se do veículo e transbordando a carga de forma ágil e rápida, abandonando posteriormente o veículo. Os meses de novembro e dezembro são os mais críticos para a categoria. Nessa época, o consumo tende a subir devido ao Natal, promoções ligadas à “Black Friday” e pagamento do décimo terceiro”, diz Vitor Corrêa.
A capital paulista foi a cidade com maior número de ocorrências, 44,52% do total, seguida por Guarulhos (7,84%), São Bernardo do Campo (5,21%), Osasco (4,48%) e Itapecerica da Serra (3,03%). ). Na cidade de São Paulo, os bairros mais perigosos para roubo de cargas foram Capão Redondo (39 registros), Iguatemi (36), Jaraguá (29), Jardim Ângela (29) e Brás (28).
Caminhões e reboques ameaçados
Segundo o Boletim Rastreador-Fecap, nos três primeiros trimestres deste ano, os roubos e furtos de caminhões e carretas aumentaram 12,88% e 21,41%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2021.
“Os dados vão contra a tendência dos novos números de caminhões. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), houve queda de 1,80% nas vendas em relação ao mesmo período de 2021. Há indícios de que o crescimento dos furtos se deve à redução na oferta de peças e veículos, em nível internacional, somado ao aumento da demanda interna”, diz Allan Carvalho, pesquisador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime – Fecap.
Vitor Corrêa acrescenta que “esse comportamento influencia diretamente na valorização dos veículos seminovos e, consequentemente, no custo de manutenção e reposição das peças dos veículos usados. Como esse é o principal meio de transporte do país, com milhares de caminhões circulando pelas estradas e rodovias do Brasil, bandidos veem grandes oportunidades de roubo ou furto”.
Cerca de 31% dos roubos de caminhões e carretas ocorreram de madrugada, 25% à noite e 24% pela manhã. Os furtos seguiram um padrão semelhante, com 37% dos casos ocorrendo na madrugada, 19% pela manhã e 17% à noite.
A capital paulista foi a cidade com maior número de roubos (685), seguida de Guarulhos (291), Jundiaí (272), Cubatão (163) e São Bernardo do Campo (116). Analisando especificamente a cidade de São Paulo, destacam-se os bairros Anhanguera (40 assaltos), Lapa (32), Jaguaré (30), Jaçanã (28) e Jaraguá (25). Locais de outros municípios paulistas também tiveram número expressivo de roubos de caminhões e carretas – Cumbica/Guarulhos, com 106 roubos, lidera o ranking geral, seguido por Distrito Industrial/Cubatão, com 59 ocorrências, Distrito Industrial/Jundiaí (33 casos) , Jardim Itapecerica/Itapecerica da Serra (29) e Jardim São Marcos/Cubatão (27).
São Paulo também lidera o ranking de furtos no período, 86, seguido por Campinas (31), Limeira (23), Osasco (17) e Guarulhos (16). O bairro Raposo Tavares teve o maior número de furtos de caminhões e carretas da capital com 7 ocorrências até setembro de 2022.
Gráficos e foto: divulgação
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PlanetaOsasco.com – Via observatório CMIO
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