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Neste ano, foram oito confrontos contra clubes europeus e apenas dois sets foram vencidos no mundial de vôlei realizado neste mês. Em um passado não tão distante, os brasileiros iam mais longe, principalmente na categoria masculina, na qual o Cruzeiro tem um histórico bastante positivo: desde 2012, são quatro títulos. Nesse mesmo ano, tivemos a última campeã feminina, Osasco.
Mas qual o motivo dessa queda de renda dos brasileiros? Encontrar um único motivo é difícil, mas o que se observa é o alto investimento dos clubes europeus nos principais atletas de diferentes seleções. Enquanto as seleções vivem em “looping” há anos. Sem grandes inovações nos formatos de competição, os resultados são previsíveis e marcados por ciclos.
Legenda: Disputas em 2022 mostraram como as seleções estão abaixo do nível europeu
Foto: FIVB
Após o grande domínio Rio x Osasco, desde o início dos anos 2000 e os títulos recentes concentrados entre Minas e Praia Clube, a principal competição nacional vive da mesmice também no masculino, com o Cruzeiro dominando, com exceção dos títulos conquistados pelo Taubaté nas edições 2018/19 e 2020/21.
Além disso, a Copa do Brasil e os campeonatos estaduais seguem a mesma tendência, mantendo o domínio dos campeões.
O reflexo do nível das competições também pode ser observado em relação aos jogadores. Os principais clubes conseguem contar no máximo com nomes de destaque, principalmente da Seleção Brasileira, com poucas exceções internacionais, como a holandesa Anne Buijs, que joga no Praia Clube, e a dominicana Yonkaira Peña, de Minas.
O que acontece nacionalmente reflete diretamente quando nossas equipes vão para o exterior. Internacionalmente, o nível é muito maior e a última edição do Mundial, tanto feminino quanto masculino, deixou isso bem claro. Minas e Praia, que lideram entre as mulheres, passaram longe do título. A equipe de Uberlândia não venceu um único set e a equipe de Belo Horizonte terminou na 4ª colocação, entre as seis equipes. Entre os homens, o Cruzeiro ficou com o bronze, o Minas em 4º e o Campinas em último (6º).
Legenda: Disputas em 2022 mostraram como as seleções estão abaixo do nível europeu
Foto: FIVB
A verdade é que o voleibol mundial tem vindo a mudar e a nível nacional esta transição tem acontecido de forma mais lenta. Com um ciclo olímpico em curso, é impossível não associar este reflexo também nas seleções, que não venceram nenhuma das principais competições do ano: Campeonato do Mundo e Liga das Nações.
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PlanetaOsasco.com – Via observatório CMIO
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