Vacinas e insumos só podem ser exportados com autorização da Anvisa
A Anvisa fez nessa quarta-feira (3) uma reunião extraordinária da diretoria colegiada, que decidiu que vacinas, insumos – como oxigênio medicinal – e remédios usados no combate à pandemia só poderão ser exportados com autorização específica emitida pela agência.De acordo com o diretor Rômison Mota, que foi o relator substituto do processo, a medida pretende evitar desabastecimento no sistema de saúde brasileiro.Mota substituiu o diretor Alex Machado Campos na relatoria, porque um parente de Campos morreu de covid-19 nessa terça-feira (2) e ele foi dispensado da reunião.Outra diretora da Anvisa, Cristiane Jourdan, acompanhou o relator e disse esperar que o Brasil tenha condições de ajudar os países vizinhos.A Anvisa já aprovou o registro da vacina desenvolvida pela Pfizer e o uso emergencial dos imunizantes da chinesa Sinovac com o Instituto Butantan e da universidade inglesa de Oxford, com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz.A diretora Meiruze Freitas, responsável pelos pedidos de registro de vacinas, lembrou que a agência reguladora tem se esforçado para garantir vacinas para todo o país.A Anvisa autorizou em fevereiro a redução na concentração de oxigênio nos cilindros usados em hospitais, para acelerar a fabricação do insumo.
Sobre remédios, a agência ainda acompanha diversas pesquisas, mas nenhuma substância comprovou ser segura e eficaz contra a covid-19. Mas, outros remédios são usados para amenizar os sintomas e facilitar processos como intubação e hemodiálise.O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, destacou o papel da agência sanitária no combate à pandemia.O Brasil registrou nessa quarta-feira o recorde de 1.910 mortes por covid-19 em apenas 24 horas e o segundo maior número de novos casos da doença, com 71.704 registros. Até agora, mais de 10,7 milhões brasileiros foram diagnosticados com covid-19 e 259.271 morreram por causa da doença.