Ex-secretário de comunicação Fábio Wajngarten depõe na CPI da Pandemia
Em depoimento à CPI da Pandemia, o ex-secretário de comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten confirmou a demora do Brasil em responder a carta da Pfizer oferecendo doses de vacinas. O documento foi enviado ao Brasil em 12 de setembro e segundo Wajngarten, até 9 de novembro ficou sem respostas por parte do Ministério da Saúde e de outros ministérios a quem foi endereçada.
No entanto, ele disse ainda que a Pfizer não ofereceu 70 milhões de doses de vacina, mas sim 500 mil apenas. Também afirmou que não ouve demora na resposta à farmacêutica, porque não havia segurança jurídica sobre os termos apresentados na proposta, na época.
Fábio Wajngarten iniciou o depoimento respondendo aos questionamentos do relator, Senador Renan Calheiros, sobre a falta de campanhas do governo para a orientação contra a covid-19. Ele ressaltou ser equivocado dizer que o governo não fez campanhas de comunicação a respeito da doença. Ele destacou 11 campanhas de comunicação do governo federal sobre a pandemia desde fevereiro de 2020, sendo 7 com o Ministério da Saúde.
Possíveis interferências de Jair Bolsonaro no trabalho da Secretaria de Comunicação da presidência também foram tema de questionamentos ao ex-secretário. Mas ele descartou qualquer interferência do presidente em relação às campanhas de comunicação.