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Covid-19: Anvisa autoriza uso emergencial de combinação de anticorpos

A Anvisa autorizou nessa quinta-feira (13) o uso emergencial, em caráter experimental, de um novo tratamento contra a covid-19. É uma combinação de dois remédios: o Banlanivimabe e o Etesevimabe, os dois da empresa Eli Lilly, que tem sede nos Estados Unidos.
Essa é a segunda combinação de anticorpos contra a covid-19 aprovada pela Anvisa. A primeira foi a Regen-Cov, em abril, também em caráter emergencial. Em março, a agência concedeu registro ao antiviral Rendesivir. Os três tratamentos ainda precisam passar pela avaliação da Conitec, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, para começarem a ser usados no Sistema Único de Saúde.
O gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, destacou que os remédios devem ser usados na fase inicial da doença, em pacientes a partir de 12 anos, nos grupos mais vulneráveis.
Os remédios trazem anticorpos criados em laboratório que bloqueiam aquela coroa que tem na parte externa do coronavírus. É essa coroa que prende o vírus nas nossas células, para que ele se reproduza.
O tratamento tem 70% de eficácia para evitar o agravamento dos casos em diversas variantes do coronavírus. As pesquisas só não conseguiram comprovar a eficácia contra a variante P1, que foi registrada inicialmente no estado do Amazonas e se espalhou pelo país durante a segunda onda da pandemia.
A terapia com anticorpos já foi aprovada nos Estados Unidos e os remédios são aplicados na corrente sanguínea, uma única vez. O paciente deve ficar em observação por pelo menos uma hora após receber a substância. Isso tudo precisa ser feito até o décimo dia de sintomas e, segundo Gustavo Mendes, está restrito aos hospitais.
Também nessa quinta a Anvisa autorizou o teste de fase 3 da vacina Covaxin em 4,5 mil voluntários brasileiros. Estão previstos 3.500 participantes em São Paulo, 500 no Rio de Janeiro, 500 na Bahia e 500 em Mato Grosso. A vacina é feita a partir de vírus inativado e foi desenvolvida por três instituições da Índia: o Conselho de Pesquisa Médica, o Instituto Nacional de Virologia da cidade de Pune e o laboratório Bharat Biotech.
O pedido para a pesquisa foi feito pela empresa Precisa Farmacêutica, que representa a Covaxin no Brasil. É o sétimo teste de vacina contra o coronavírus no país. A imunização ocorre em duas doses, com 28 dias de intervalo. A realização de teste de fase 3 permite que os desenvolvedores peçam também a autorização para uso emergencial da Covaxin no Brasil

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