Monitor do PIB da FGV prevê crescimento de 1,7% no primeiro trimestre
O Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas prevê crescimento de 1,7% na economia brasileira nesse primeiro trimestre do ano, em comparação ao quarto trimestre de 2020. E o resultado positivo está sendo calculado já considerando a retração de 2,1% em março, com relação a fevereiro.
Na comparação com o ano passado, o crescimento deve ser de 1,6%, considerando o primeiro trimestre, e de 5,2% apenas com relação ao mês de março.
Em valores correntes, a estimativa é que a soma de todas as riquezas produzidas no país de janeiro a março chegou a R$ 2 trilhões, 113 bilhões e 057 milhões.
Os analistas da FGV consideram o resultado surpreendente, que deriva de crescimentos observados nos três grandes setores econômicos e também na demanda.
No entanto, os especialistas afirmam que o fraco desempenho de março, frente a fevereiro, mostra como esse crescimento ainda é frágil, diante da piora da pandemia de covid-19.
Os economistas da Fundação calculam ainda que o consumo das famílias caiu 1,2% no 1º trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, com queda ainda maior, de 2,8% quando se trata da demanda por serviços.
O único setor com aumento foi o consumo de bens duráveis, com avanço de 8,2%. Em contrapartida, o consumo das famílias de serviços, segue sendo o principal responsável pelo desempenho ainda negativo do consumo, com queda de 2,8%. Já a formação bruta de capital fixo, que aponta o quanto as empresas investiram em seus bens cresceu 10,40% na mesma base de comparações, puxada principalmente pela compra de máquinas e equipamentos, com destaque para a importação de plataformas de exploração de petróleo.
O monitor do PIB também acompanha a balança comercial brasileira e registrou crescimento tanto nas exportações, de 0,5%, quanto nas importações, que avançaram 6,5%. Em ambos os casos, a comparação foi feita entre os primeiros três meses deste ano, com o mesmo período do ano passado.