Consumo Aparente de Bens Industriais registra queda de 5,4% em abril
O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 5,4% no mês de abril, em relação a março, de acordo com o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. O índice analisa a parcela da produção industrial do país destinada ao mercado interno, acrescida das importações.
Já na comparação com abril do ano passado a alta chegou a 28,9%, enquanto a variação acumulada em doze meses teve resultado nulo. Mas na passagem entre os meses, houve recuo tanto na produção interna destinada ao mercado nacional, de 2%, quando na importação de bens industriais de 10,6%.
Além disso, o resultado fraco foi disseminado entre todas as grandes categorias econômicas à exceção dos bens de consumo duráveis, que registraram alta de 6%. A maior queda foi a dos bens de capital, que se referem aos investimentos feitos pelas empresas para a sua própria produção e caíram 33,5%.
O técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, Leonardo Mello de Carvalho, explica que uma parte da queda se deve a retração das importações e pela redução da demanda doméstica.
Mas ele ressalva que a recuperação da economia mundial, com o crescimento do preço das commodities tem impactado positivamente alguns setores que mais exportam, como o agronegócios e as indústrias extrativas.
A demanda interna da indústria extrativa mineral, por exemplo, apresentou crescimento de 7,1%, compensando a queda de 6,4% no período anterior. Já na indústria da transformação, a queda ficou em 5,6%, refletindo o resultado negativo de 14 dos 22 segmentos pesquisados que tiveram recuos. O maior deles foi verificado na indústria de outros equipamentos de transportes, que despencou de 27% na comparação com março. Na outra ponta, os destaques positivos foram a produção de veículos automotores, com alta de 4%, e a indústria de alimentos, que avançou de 2,8%.