Justiça de Santa Catarina bloqueia bens de Luiz Carlos Seminotti
A Justiça bloqueou os bens do ex-secretário municipal de Saúde de Bom Jardim da Serra, no interior de Santa Catarina, Luiz Carlos Seminotti.
O ex-secretário teria tomado a vacina contra o coronavírus mesmo sem fazer parte dos grupos prioritários. Seminotti assumiu a pasta no dia 7 de janeiro, e no dia 20 do mesmo mês foi imunizado – e exonerado quando o caso veio a público.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, o ex-gestor teria sido o décimo servidor municipal a ser imunizado contra a Covid-19 na cidade, usando uma das 29 doses enviadas no primeiro lote para o município.
O Ministério Público denunciou o ex-secretário por improbidade administrativa e o bloqueio de bens, no valor de R$ 66 mil, foi feito com o objetivo de garantir o pagamento de uma possível multa no valor de 20 vezes a remuneração do cargo público, em caso de condenação.
Carlos Seminotti ainda pode recorrer da decisão. Nós tentamos entrar em contato com ele, mas não houve resposta.
Essa não é a primeira decisão do país que resulta no bloqueio de bens de gestores públicos acusados de furar a fila da vacina contra a Covid-19.
Em Goiás, o Ministério Público conseguiu o bloqueio de R$ 50 mil em bens de funcionários do município de Santa Rita do Novo Destino, que foram imunizados fora dos grupos prioritários. Decisão semelhante também foi tomada em relação ao prefeito de Candiba, no interior da Bahia. O prefeito da cidade, Reginaldo Martins Prado foi o primeiro a tomar a vacina no município, e a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 72 mil em bens do gestor.
