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Operação no Rio cumpre mandados contra PM e acusados de construção irregular

Uma operação deflagrada nesta quarta-feira (11) mirou integrantes de uma organização criminosa responsável pela construção irregular de um condomínio e extorsão dos moradores no bairro da Taquara, na zona oeste do Rio.

A operação chamada de Condomínio Fechado realizada pelo Ministério Público do Estado do Rio com o apoio da coordenadoria de segurança e inteligência da Polícia Militar cumpriu sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão. Entre os alvos dos mandados de prisão está um capitão da polícia militar lotado no Batalhão Especializado em Policiamento de Estádios. O Ministério Público informou que além do batalhão, os agentes estiveram em outras localidades do Rio e também nos municípios de Nova Iguaçu e Itaboraí.

De acordo com as investigações, o grupo ergueu o condomínio residencial Bosque Pedra da Boiúna, na Estrada do Curumaú, de maneira irregular. O capitão da PM, segundo os promotores, que também integra a organização, usa, , sua  graduação militar para garantir confiabilidade na negociação dos imóveis. Os terrenos são vendidos no local por R$35 mil e casas por até R$190 mil.

A comercialização se dá por vias aparentemente legais, por meio de uma empresa de construção, anúncios em mídias sociais e sites de classificados, além da comercialização no próprio local. 

Ainda segundo o Ministério público, outro crime cometido pelo grupo foi a falsificação de documentos para assumir a Associação dos Moradores e Amigos do Bosque Pedra da Boiuna.

A entidade foi criada depois de uma coleta de assinaturas de moradores sob o pretexto da elaboração de um abaixo-assinado para solicitar o fornecimento regular de luz para o loteamento.

Após colhidas as assinaturas, o documento foi falsificado com a inserção de um cabeçalho referente a uma lista de presença de associados em uma assembleia que não aconteceu.

Depois de estabelecida a associação nesses moldes, o grupo passou a praticar extorsões, exigindo o pagamento de taxas mensais. Todos aqueles que se negavam a pagar as taxas eram confrontados e ameaçados, inclusive com a interrupção do fornecimento de água e luz.

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