Pais reivindicam descontos em mensalidade de escolas no DF; governo recomenda manter valor
Em tempo de quarentena por causa do coronavírus, quando as crianças estão em casa, as escolas buscam formas de garantir que os estudantes não percam o conteúdo durante esse tempo sem atividades pedagógicas.
Muitas escolas já adotaram o sistema de aulas online através de plataformas digitais. Algumas até informaram que vão contar esse período como hora-aula. E aí, com as aulas pela internet, fica a pergunta: as mensalidades devem continuar a ser cobradas integralmente?
Em Brasília, um grupo com mais de 200 pais foi formado para reivindicar descontos na mensalidade nesse período sem aulas presenciais. Eles alegam que, durante a quarentena, os gastos em casa vão aumentar, com mais uso de energia, água e internet, e ainda não sabem o quanto vai impactar a renda de cada lar.
Os pais apontam também que os gastos das escolas vão diminuir com luz, água e limpeza, vão diminuir, já que as crianças não estão lá. Por esses motivos, querem um desconto, aponta a representante comercial Érica Caldas, que gasta R$ 4,6 mil por mês com mensalidades.
Mas a Senacom, Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, divulgou nota técnica recomendando que os consumidores evitem cancelar ou pedir descontos, ou mesmo reembolso total ou parcial em mensalidades de instituições de ensino que tiveram as aulas suspensas em razão do novo coronavírus. O objetivo é evitar que as escolas não consigam pagar despesas, como salários de professores e alugueis.
A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, que representa as escolas particulares no Brasil, garantiu que as instituições estão se adaptando à atual realidade e não vão deixar de prestar os serviços, mesmo que de forma virtual.