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Aldeia no Rio tem 2 casos confirmados de Covid-19; indígenas reclamam de ausência da Funai

Os dois casos confirmados da Covid-19 na aldeia Paraty Mirim, no sul do Rio de Janeiro, acenderam a luz vermelha entre os indígenas para a necessidade de reforçar as ações para evitar o avanço do novo coronavírus em todas as oito comunidades indígenas do estado. O alerta é do presidente do Conselho de Saúde Indígena do Rio, Lucas Benites.
Segundo o indígena do povo Guarani, os dois contaminados estão em isolamento na aldeia e com acompanhamento de uma equipe da Secretaria de Saúde do município de Paraty, que também distribuiu kits de higiene para todos da aldeia. Procurada, a prefeitura de Paraty não se manifestou até o fechamento da matéria.
Benites reclama que a Funai ainda não enviou qualquer tipo de ajuda e que as lideranças das comunidades em Paraty, Angra dos Reis e Maricá, no Rio de Janeiro, tiveram que buscar doações de alimentos, já que a principal fonte de renda é o artesanato, e com as restrições de circulação nas cidades, as vendas caíram bastante.
A aldeia Sapukay, em Angra dos Reis, tem cerca de 430 indígenas e criou nas redes sociais uma rede de apoio de combate ao coronavírus em que recebe doações de alimentos e itens de higiene.

Apesar da reclamação do indígena, a Funai informou, em nota, que já enviou à Coordenação Regional do Litoral Sudeste quase R$ 80 mil para ações de enfrentamento à Covid-19. A nota diz que o dinheiro está sendo utilizado para diferentes fins, como a compra emergencial de alimentos para áreas de extrema vulnerabilidade social, e que cerca de 1,7 mil cestas básicas já foram distribuídas pela unidade. Outras 600 estão em processo de distribuição.

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