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Brasil conquista medalhas de prata e bronze no terceiro dia do Campeonato Mundial de Judô na Hungria.

Neste domingo (15), no terceiro dia do Campeonato Mundial de Judô em Budapeste, Hungria, o Brasil conquistou duas medalhas. Daniel Cargnin, atleta gaúcho e medalhista olímpico em duas ocasiões, ficou com a prata na categoria até 73 quilos. Já a paranaense Shirlen Nascimento, que fez sua estreia na competição, garantiu a medalha de bronze nos 57 kg. O evento, que se estenderá até a próxima sexta-feira (20), conta com a participação de 556 judocas de 93 países, incluindo 18 atletas brasileiros. A equipe do Brasil é composta por uma combinação de judocas novatos e experientes, como Beatriz Souza (78 kg), Rafaela Silva (63 kg), Rafael Macedo (90 kg) e Leonardo Gonçalves (100 kg).

A medalha de prata obtida por Cargnin neste domingo é especialmente significativa, pois marca o fim de uma seca de oito anos sem representantes brasileiros na final masculina do Mundial. O judoca de 27 anos, que já conquistou dois bronzes olímpicos – por equipes em Paris 2024 e no individual dos 66 kg em Tóquio 2020 – retornou recentemente às competições após um afastamento de oito meses devido a lesões no tornozelo e no ombro. Cargnin voltou ao tatame em abril, durante o Campeonato Pan-Americano e Oceania em Santiago, onde conquistou prata no individual e ouro por equipes.

Na luta final, Cargnin foi superado pelo francês Joan-Benjamin Gaba, atual vice-campeão olímpico. O atleta francês conseguiu um waza-ari, levando a disputa para o golden score (tempo extra).

“Dizem que o Mundial, às vezes, é até mais difícil que a Olimpíada, pois pode haver categorias dobradas. Em relação a Los Angeles, o importante agora é manter os pés no chão. No ciclo passado, quando medalhei no Mundial, já pensava em medalhar na Olimpíada e acabei não aproveitando os momentos do presente. Agora, quero aproveitar essa medalha de prata. Apesar de ter perdido a final, estou muito feliz pela postura que tive no tatame. É preciso ser resiliente, pois as derrotas não devem ser vistas como o fim do mundo e as vitórias não devem ser um motivo para parar de treinar. Agora, preciso focar em ajudar a equipe na competição por equipes”, declarou Cargnin à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Embora seja nova em Mundiais, Shirlen Nascimento, de 25 anos, tem se destacado internacionalmente desde o final de 2024, quando conquistou o bronze no Grand Slam de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Esse resultado a classificou para a Seletiva Nacional, garantindo sua participação no Pan-Americano em Santiago, onde brilhou novamente, subindo ao topo do pódio. Shirlen também competiu no Grand Slam de Astana, no Casaquistão, onde conquistou outro bronze, antes de ser convocada para o Mundial de Budapeste.

Na disputa pela medalha de bronze, Shirlen se destacou no golden score, finalizando a luta contra a turcomena Maysa Pardayeva com um waza-ari.

“Enfrentei uma chave difícil logo no início. No entanto, todos me deram dicas sobre como agir, o que facilitou a luta. Tenho me esforçado muito e, eventualmente, os resultados aparecem. Estou em um ótimo momento e melhorando a cada dia, com muita ajuda da equipe”, comentou a judoca paranaense.

Próximas disputas dos brasileiros no Mundial nesta segunda-feira (16)*

Nauana Silva (63 kg)

Rafaela Silva (63 kg)

Gabriel Falcão (81 kg)

Luan Almeida (81 kg)

* Lutas preliminares a partir das 6h e finais às 13h (horários de Brasília)

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Albino S.

Acompanho e apuro informações e publico notícias de Carapicuíba e região.

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