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Acordo prevê remoção de 17 mil pessoas de bairros de Maceió que estão afundando

Sobe para 17 mil o número de moradores que devem ser removidos pela Braskem de bairros que estão afundando em Maceió.

A Braskem fechou um acordo com a Defensoria e Ministério Público para remover 17 mil pessoas de 4 bairros de Maceió, capital de Alagoas. No acordo anterior, estava prevista a remoção de MIL e 500 pessoas, mas a área foi estendida após novos relatórios da Defesa Civil e do Serviço Geológico do Brasil. Os documentos afirmam que o afundamento dos bairros atinge 4 mil e 500 residências e não 500, como se apontava anteriormente.

A extração de sal-gema na região pela petroquímica atingiu os bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto. Pelo acordo, os moradores devem receber auxílio aluguel no valor de MIL reais por seis meses, além de um auxílio de 5 mil reais para a mudança, fora o pagamento por danos materiais e morais. Quem desenvolve alguma atividade econômica nas áreas atingidas vai receber 10 mil reais pela interrupção da atividade. O prazo para encerrar a realocação e o pagamento das indenizações é de 2 anos. O presidente da Associação SOS Pinheiro, Geraldo Vasconcelos, opina que o acordo é um avanço, mas que o auxílio aluguel é insuficiente.

O presidente da associação de moradores relata, ainda, os transtornos causados pelos afundamentos.

Moradores relatam que as primeiras rachaduras apareceram no bairro em 2015, mas que só em 2018, após um abalo sísmico, foi descoberta a origem das fissuras nas casas. O professor Fred Vieira Dantas conta que precisou abandonar a própria casa e que o bairro onde nasceu e cresceu não é mais o mesmo.

O acordo firmado com a Braskem ainda prevê a devolução de 3,7 bilhões de reais da empresa que estavam bloqueados pela Justiça. Com isso, 1,7 bilhão será transferido para o custeio do programa de compensação financeira e realocação de moradores. Serão ainda destinados 2 bilhões como seguro-garantia e 1 bilhão para cobrir eventuais reparações ambientais. 

No documento afirma que o acordo não significa que haja o reconhecimento da responsabilidade da Braskem pelo afundamento dos bairros. E, caso fique comprovado outras razões, a empresa poderá buscar o ressarcimento dos gastos.

Na página da Braskem na internet, a empresa diz que apoiará a realocação das pessoas sob orientação do poder público e que está considerando o investimento de 1 bilhão de reais para fechar os poços de sal em Maceió.

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