Rio de Janeiro só tem um hospital com leitos vagos de UTI para vítimas de coronavírus
A rede estadual de Saúde do Rio de Janeiro tem hoje apenas uma unidade com vagas disponíveis para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. É o Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, no sul fluminense.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a ocupação na unidade é de 56% na enfermaria e 51% na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com exceção dessa unidade, a secretaria informou que “todos os outros leitos destinados à Covid-19 estão ocupados”.
A taxa de ocupação nas unidades hospitalares da rede estadual é de 66% em leitos de enfermaria e 80% em leitos de UTI para todos os casos de internação. Há duas semanas, essas taxas eram 20% menores, de acordo com os números oficiais.
O último balanço aponta 2.037 pacientes internados na rede estadual, não apenas em consequência do coronavírus. Desse total, 220 casos suspeitos ou confirmados aguardam transferência para leitos em UTIs, que podem ser regulados nas redes municipal, estadual ou federal.
Desde o início da pandemia, a Secretaria de Saúde abriu, em todo o estado, 521 leitos exclusivos para tratamento de pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19. Entre eles, 256 são UTIs e 265 enfermarias. Também há 137 vagas em áreas isoladas de outras unidades estaduais.
Nessa quinta-feira, o governador Wilson Witzel afirmou que o distanciamento social no Rio de Janeiro só será flexibilizado após a ampliação da rede de atendimento com a inauguração dos hospitais de campanha e análise da curva de contaminação.
O primeiro deles será inaugurado neste sábado, no Leblon, zona sul carioca. Serão 200 leitos, sendo 100 de UTI. A unidade é custeada pela iniciativa privada, liderada pela Rede D’or. A previsão é que nos primeiros dias de maio, com a inauguração do segundo Hospital de Campanha, no Maracanã, mais 400 leitos estejam disponíveis.
De acordo com o cronograma da secretaria, além da unidade que está sendo construída no Leblon, serão abertos mais 1,8 mil leitos em oito hospitais de campanha e um modular. As unidades serão inauguradas de forma gradativa, também em maio.
