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Artistas e jornalistas lançam site para homenagear mortos por covid-19

Com o estabelecimento de protocolos de prevenção contra a covid-19, funerais de todo o país passaram por modificações, de modo que parte das pessoas em luto sente que não se despede propriamente de seus entes queridos. Para conservar a memória das vítimas da doença, voluntários de todos os cantos do Brasil se juntaram para lançar o projeto Inumeráveis, por iniciativa do artista Edson Pavoni.
O projeto destaca que durante pandemias, a tendência é que as pessoas virem números, estatísticas. “Estatísticas são necessárias. Mas palavras também. Se nem todas as vítimas tiveram a chance de ter um velório ou de se despedir de seus entes queridos, queremos que tenham ao menos a chance de terem a sua história contada.”
“Não há quem goste de ser número. Gente merece existir em prosa”, diz o site, que até esta quinta-feira (7) reunia mais de 400 homenagens. O grupo salienta ainda que visa “reverter a lógica fria pela qual a pandemia está sendo tratada no país” e que “por trás dos números em crescimento, de falas e atitudes irresponsáveis de governantes, estão histórias de milhares de brasileiros”.
Homenagens
“Adalberto Álvares Almeida. 1966 – 2020. O carnaval em pessoa”, diz um dos textos. 
“Seisho Inamine. 1950 – 2020. Pai e avô dedicado, de poucas palavras, mas de muito afeto nos pequenos cuidados diários”, diz outro. 
Sobre o médico endocrinologista Maurício Barbosa Lima, por exemplo, descobre-se que era visto como uma pessoa disponível e que fez a diferença por onde passou.  Já a paraense Maria José Assunção, que teve a vida interrompida pela doença aos 64 anos de idade, é descrita como uma mulher guerreira e que deixará um legado de amor e solidariedade.
Para participar, familiares das vítimas podem enviar um relato à equipe do projeto, mediante o preenchimento de um formulário ou por áudio de WhatsApp.

Cemitério Parque Taruma, em Manaus – Reuters / Bruno Kelly / Direitos Reservados

Colaboradores
Jornalistas, estudantes de jornalismo, escritores, contadores de histórias e pessoas em geral que tenham habilidade com escrita também podem colaborar, redigindo textos a partir de entrevistas dos familiares das vítimas ou de histórias já veiculadas em outras plataformas, indicando o devido crédito e link para a fonte da postagem original.

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