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Ex-presidente da Cedae não responde parlamentares e é vaiado na Alerj

O ex-presidente da Cedae, Companhia Estadual de Águas e Esgotos, Hélio Cabral, abandonou uma audiência na Assembleia Legislativa do Rio que discutia, nesta terça-feira, a crise hídrica no estado.
Demitido nesta segunda-feira pelo governador Wilson Witzel, Hélio Cabral foi convidado pelos parlamentares a prestar esclarecimentos sobre as providências e respostas ao problema da água que, desde o início de janeiro, apresenta mau cheiro, cor amarelada e gosto de terra.
Após apresentação sobre a situação da Cedae, Cabral se recusou a responder às perguntas dos deputados, alegando não se sentir confortável, e foi vaiado por parte dos parlamentares, dos funcionários da companhia e sindicalistas que acompanhavam a audiência.
Em meio às críticas, o ex-presidente da Companhia deixou o Palácio Tiradentes às pressas.
“Estou aqui em respeito aos senhores, a essa casa tão importante da população do estado. No entanto, não me sinto confortável para responder às perguntas dos senhores e senhoras, porque acredito que deverão ser feitas ao meu sucessor. Faço questão de agradecer publicamente ao governador por confiar a mim a direção dessa companhia, responsável por um serviço tão importante”.
Além dos protestos, a reunião foi marcada pelo pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a crise na Cedae. A deputada Renata Souza, do PSOL, disse que, depois da atitude de Hélio Cabral, a CPI vai sair do papel.
“Essa casa está com dificuldade de achar as assinaturas necessárias para organizar a CPI. Mas o senhor Hélio Cabral deu a última assinatura na CPI da Cedae aqui na Alerj”.
Para o deputado Luiz Paulo, do PSDB, que recolhe assinaturas para a instalação da CPI, a atitude do ex-dirigente da estatal foi uma confissão de culpa.
“Trata-se de um fujão e, ao mesmo tempo, uma confissão de culpa da péssima gestão que ele fez à frente da Cedae, que acabou gerando a maior das crises que eu já vi de qualidade do fornecimento da água”.
O deputado Gustavo Schmidt, do PSL, que presidia a sessão, disse que é contra a privatização da Cedae. Ao fim da audiência ele afirmou que iria assinar o pedido de criação da CPI.
“Eu acredito que esse movimento que o doutor Hélio fez hoje, de fugir do Parlamento, indica que a base do governo e a oposição vão se juntar a pedido dessa CPI, para investigar a fundo o que de fato foi essa questão”.
Na sessão, a defensora pública Patrícia Cardoso, coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor, explicou que nesta sexta-feira haverá uma reunião com o governador para tratar de um acordo de ressarcimento aos consumidores da Cedae. Caso não se chegue a um consenso, ela disse que a Defensoria ajuizará uma ação coletiva.

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