Empresários do varejo fazem campanha por volta do auxílio emergencial
A Fecomércio, federação que representa os empresários do varejo em São Paulo, quer a retomada do auxílio emergencial.
Segundo a federação, sem o auxílio que terminou em dezembro, o varejo paulista vai deixar de faturar mais de R$ 4 bilhões por mês em 2021.
O quantitwp-activate.php pode significar uma queda de 2,6 % nas vendas do setor comparado com o ano passado. O varejo foi um dos maiores beneficiários do auxílio emergencial.
Segundo os cálculos da Fecomércio, quase dois terços de tudo o que foi pago no estado de São Paulo foi destinado a compra de produtos no comércio varejista . Isso significou cerca de R$ 32 bilhões, dos mais de R$ 50 bilhões que foram destinados aos beneficiários de São Paulo.
A injeção de recursos ajudou a melhorar o faturamento médio do setor. Em 2020, foram quase R$780 bilhões, número 1,6% maior do que em 2019, antes da pandemia.
Mas, o aumento no faturamento não reflete a crise que alguns segmentos ainda enfrentam, como vestuário e restaurantes, por exemplo.
Questionado se o auxílio pode ajudar a garantir a manutenção dos empregos, o assessor econômico da Fecomércio – São Paulo, Altamiro Carvalho, foi evasivo e disse que o setor está muito afetado pela pandemia.
Só no estado de São Paulo, 60 mil empresas fecharam as portas em 2020. Uma queda de 14% no número de negócios. Já o número de pessoas ocupadas no comércio caiu 16%. Dos 2,5 milhões de postos de trabalho, apenas 2,1 milhões permanecem abertos.
No último dia 12, o ministro da economia, Paulo Guedes, se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Artur Lira, para tentar destravar a aprovação do auxílio. Guedes defende medidas de ajuste fiscal para a retomada do auxílio, entre elas, a redução de salários de servidores públicos e mudanças no benefício de prestação continuada para idosos e deficientes físicos.