Covid: SP decide antecipar 2ª dose da vacina para grávidas e puérperas
O governo de São Paulo decidiu adiantar a vacinação da segunda dose e também permitir a troca da fabricante para quem tomou AstraZeneca para grávidas e puérperas, principalmente devido ao avanço da variante Delta no estado. Até o momento, o governo confirma nove casos da variante por transmissão comunitária.
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo reafirmou em uma nota a importância dessas mulheres se vacinarem, uma vez que houve aumento no número de mortalidade materna por covid-19, saltando de 462 casos em 2020 para 1.204 casos em 2021.
A coordenadora científica da associação, Silvana Maria Quintana, explica que houve apenas um caso de morte por vacina da AstraZeneca no mundo e que por segurança essa intercambialidade das vacinas está sendo estudada em todo o mundo e que diante da situação do avanço de variantes é necessário que as grávidas e mulheres que acabaram de ter bebê completem o ciclo de vacinação.
Além de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás também já adotam essa chamada intercambialidade das vacinas para grávidas e puérperas. De acordo com dados da secretaria estadual de saúde, cerca de 8.800 grávidas que já receberam a AstraZeneca deverão receber vacina de outra fabricante.
A orientação para grávidas e puérperas que forem tomar a primeira dose agora é que elas tomem outra vacina que não seja a da AstraZeneca.
O Ministério da Saúde foi procurado para comentar se haverá mudanças no Plano Nacional de Imunização para permitir essa intercambialidade nacionalmente, mas não retornou até o fechamento desta matéria.