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Análise: Celso Giglio barrado. E agora?

CMIO – No domingo, 11, um grande baque tomou a campanha de Celso Giglio (PSDB). A candidatura foi indeferida pela Justiça Eleitoral. E agora? Escoamento massivo de votos ou a tradicional insistência.

Sabia-se, em corredores do poder local, que as chances de Giglio disputar a eleição em iguais condições aos demais candidatos eram próxima de zero. Agora, de fato, chegou ao nível mais baixo de confiança até entre seus colaboradores.
É absolutamente remota a chance de uma disputa ‘judicializada’ com a nova legislação. Foi assim em 2012 –com as regras anteriores- e será ainda mais difícil com a última atualização da lei.

O ‘baque’ citado no primeiro parágrafo é um sério complicador. Primeiro, pois, Giglio figurava isolado em primeiro lugar nas intenções de voto. Segundo, agora divide a primeira posição com o atual prefeito, Jorge Lapas (PDT); e as últimas pesquisas mostram um certo grau de derretimento da campanha do PSDB em Osasco.

Tomando nota; caiu de 31% no começo do ano para 24% quatro meses depois. Comparação Instituto MAS, a pedido do Jornal Giro S/A e, DATAVALE, a pedido do Diário da Região.

Para onde, então, estariam rumando os votos do candidato do PSDB? E sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, onde desembocaria o expressivo cacife político?

São perguntas que, até o mês passado, poderiam ser respondidas com certa dose de obviedades. Os votos de Giglio poderiam ficar em parte com o próprio PSDB (em caso de substituição do candidato majoritário) e outra parte escoaria para candidaturas de menor vulto até aqui, como Claudio Piteri (PPS).

No entanto, os votos de Giglio estão escoando –aparentemente- em pontos fora da curva. Ao contrário do analisado por este Coletivo de Mídia, não estão rumando massivamente para a candidatura de Claudio Piteri (PPS), nem mesmo apontam para o PTN, de Rogério Lins.

Sem pesquisas eleitorais que cruzam índices de rejeição -como, por exemplo, a rejeição de Francisco Rossi entre os eleitores de Celso Giglio- poderíamos notar ruídos nas pesquisas.

O fato é, que em última avaliação, da DATAVALE, Rogério Lins permanece com 8%, o mesmo percentual obtido na pesquisa Instituto MAS de 4 meses atrás. No entanto, Celso Giglio caiu mais de 7% entre o primeiro e o segundo levantamento. Cláudio Piteri permaneceu na faixa dos 2%. É necessário lembrar que os dois institutos de pesquisa usam metodologias diferentes para aferição.

Jorge Lapas subiu de 16% para 23%, ou seja, capitaneou a única subida expressiva (de 7%) entre todos os candidatos, empatando em primeiro lugar com Celso Giglio.

Se nota, ao certo, que Jorge Lapas está conseguindo obter ‘votos de migração’ derivados de Celso Giglio. O potencial de transferência indireta (quando o candidato 1 não indica publicamente voto no candidato 2) é a grande chave para essa eleição, com mais de 20% do eleitorado à disposição da campanha que melhor dialogar. 

É, também, necessário aguardar a definição do PSDB em torno de tentar manter Giglio ou começar a divulgação de André Sacco (PSDB) como novo candidato majoritário.

Se o escoamento de votos de Giglio permanecer, pela primeira vez em mais de duas décadas não teremos nem PT e nem PSDB entre os primeiros.

CMIO – COLETIVO DE MÍDIA INDEPENDENTE DE OSASCO
 

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Gabriel Martiniano

Jornalista profissional, fundador da Ticketbras e cidadão de Osasco

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