MPDFT pede relatório sobre leitos de UTI para Covid-19 em UPAs de Ceilândia e Sobradinho
O número de leitos de UTIs livres insuficientes para atender pacientes da Covid-19 em unidades de pronto atendimento (UPAs) da cidades de Ceilândia e Sobradinho, no Distrito Federal, fez a força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) pedir que o governo local encaminhe relatórios periódicos ao órgão sobre equipamentos, leitos ativos, profissionais e serviços prestados pelo Instituto Med Aid Saúde (Imas), que administra esses leitos.
No dia 20 de julho, dos 40 leitos de UTIs para pacientes com a Covid-19 nas duas UPAs, apenas 13 estavam disponíveis. Por causa dessa situação recorrente, a Secretaria de Saúde e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGES) deverão fornecer ao MPDFT documentos contendo dados sobre a conferência dos equipamentos médico-hospitalares e de ativação de leitos nessas UPAs. Ainda terão que verificar se os profissionais que trabalham nas unidades estão registrados nos respectivos conselhos regionais.
Os órgãos do Executivo terão que atualizar o Judiciário semanalmente sobre o estoque dos medicamentos, insumos e equipamentos de proteção individual das unidades. A cada 15 dias, deverão encaminhar relatórios sobre os serviços prestados pelo Imas.
Caso os problemas continuem, a recomendação é que a empresa que administra as UPAs de Ceilândia e Sobradinho seja substituída por outra. Procuramos o Imas para se pronunciar sobre o assunto, mas até o momento não obtivemos retorno.
Já a Secretaria de Saúde informou que apenas o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde comentaria o assunto. O instituto, por sua vez, afirmou que já tomou medidas contra o Imas por descumprimento do contrato e que ainda não efetuou qualquer pagamento por serviços prestados. Finalizou dizendo que a recomendação do Ministério Público do DF reflete os atos administrativos que o órgão já vem adotando.
