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PF investiga desvios de R$ 51 milhões por parte da Secretaria de Educação do Piauí em 2015 e 2016

A deputada federal Rejane Dias, do PT, esposa do governador do Piauí, Wellington Dias, foi o principal alvo da terceira fase da Operação Topique da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF). A ação investiga desvios de mais de R$ 51 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) no estado, entre 2015 e 2016.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Piauí. Em Teresina, capital do Piauí, os policiais estiveram na sede da Secretaria Estadual de Educação, nas casas do governador e dos irmãos de Rejane, que foi secretária de Educação do estado, de 2015 a 2018. Já em Brasília, um dos mandados foi cumprido no gabinete da deputada federal na Câmara.

A delegada da Polícia Federal em Teresina, Milena Soares, responsável pelos inquéritos, ressaltou que o objetivo desta fase foi investigar ações de alguns servidores da Secretaria de Educação.

Segundo as investigações, na época em que Rejane comandava a pasta, no Piauí, agentes da cúpula administrativa da Secretaria de Educação se associaram a empresários do setor de locação de veículos para desviar recursos.

Há indícios de que essas empresas atuam em fraudes desde 2008, em dezenas de municípios piauienses. Apesar de todas essas irregularidades, o governo do estado manteve contratos com o grupo. Só entre 2019 e 2020, as licitações ultrapassaram R$ 96 milhões.

O superintendente da CGU no Piauí, Glauco Soares, detalha que os valores subtraídos dos cofres públicos podem ser bem maiores que os R$ 51 milhões já identificados.

Os investigados podem responder por crimes como organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e crimes de licitação.

Procurada pela Rádio Nacional, a assessoria da deputada Rejane Dias ainda não se posicionou sobre a operação da Polícia Federal.

Já o governador Wellington Dias repudiou a ação. Argumentou que as investigações se referem a contratos de 2013, quando ele não era o chefe do Executivo. Mas confirmou que Rejane Dias foi secretária de Educação do Piauí e já se colocou à disposição da Justiça. Finalizou que o estado é a maior vítima dos fatos e trabalha para esclarecê-los.

A Secretaria de Educação do Piauí informou que colabora com a investigação da Polícia Federal. Acrescentou que sempre se colocou à total disposição dos órgãos de controle. Já o PT garantiu que as buscas nas residências do governador Wellington Dias e familiares fazem parte uma ação midiática de perseguição.

* Produção: Renato Lima

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