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Ricardo Barros nega envolvimento na negociação para compra da Covaxin

O líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros, do PP do Paraná, negou envolvimento na negociação para a compra da vacina Covaxin, da empresa indiana Bharat Biontech. Em depoimento à CPI da Pandemia, no Senado, nesta quinta-feira (12), ele afirmou que nunca tratou desse assunto com o presidente Jair Bolsonaro.
O parlamentar foi convidado pela comissão porque o nome dele foi citado por outro depoente, o deputado Luiz Miranda, do DEM do Distrito Federal, que foi ouvido pelos senadores em junho.
Na ocasião, Miranda disse à CPI que levou ao conhecimento de Bolsonaro que Ricardo Barros teria pressionado funcionários do Ministério da Saúde em favor da compra da vacina Covaxin.
Mas, Barros garantiu que não se envolveu no caso e que ainda tem a confiança do presidente.
“Os senhores vão quebrar meu sigilo, ouviram todas as pessoas, não vão achar nenhuma possibilidade de me ligar a esse caso Covaxin (…) O presidente Bolsonaro não me acusou, ele já deu entrevista dizendo que não tem nada contra mim, e que me mantém na liderança do governo
Ricardo Barros disse também que não participou das negociações para o registro da vacina chinesa CanSino no Brasil, mas afirmou que faltou agilidade da Anvisa no processo. Ele argumentou que o preço do imunizante, 17 dólares a dose, não teria sido o mais caro já negociado pelo Ministério da Saúde, porque é aplicado em dose única. A intenção de compra de 60 milhões de doses foi assinada pela Belcher Farmacêutica, de Maringá.
“Perdemos a grande oportunidade de comprar 60 milhões de doses da vacina da CanSino, de dose única, a 17 dólares, portanto mais barata que a Pfizer, que a Coronavac, que a maioria das vacinas compradas pelo Brasil”, afirmou.
A reunião foi suspensa pelo presidente da CPI, Omar Aziz, no início da tarde, após Ricardo Barros apontar que a atuação da Comissão teria afastado empresas interessadas em vender vacinas ao Brasil, o que causou protestos dos senadores.
Em entrevista coletiva, Aziz, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, o relator Renan Calheiros, e outros senadores, repudiaram a acusação do deputado. Randolfe informou que Ricardo Barros terá que depor novamente, agora como convocado.
O depoimento de Ricardo Barros, que foi ministro da Saúde durante o governo de Michel Temer, de 2016 a 2018, estava marcado para antes do recesso parlamentar, mas foi adiado. O parlamentar teve os sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático quebrados.

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