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São Paulo registra morte da primeira pessoa por covid-19 sem UTI

A cidade de São Paulo registrou a morte da primeira pessoa por covid-19 por falta de leito de UTI. O caso foi confirmado nessa quinta-feira (18), mas aconteceu no último domingo (13).
Era um homem e tinha 22 anos. O paciente deu entrada no hospital São Mateus, na Zona Leste da Capital paulista, na quinta-feira passada, já com o diagnóstico da doença. No dia seguinte foi entubado e a equipe médica tentou transferir o paciente para uma UTI pelo sistema de gerenciamento de leitos do governo do estado, o CROS, mas não havia vagas.
O jovem morreu 46 horas depois de ter sido internado. Nessa quinta-feira, 475 pessoas na cidade esperavam por uma vaga em UTI. Hospitais privados também estão pedindo ajuda da rede pública para encaminhar pacientes. O índice de ocupação de leitos de UTI na capital está em 88%. Na região metropolitana, esse índice chega a quase 91%.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decidiu antecipar todos os feriados municipais desse ano e todos os do ano que vem para a próxima semana para tentar conter a circulação de pessoas.

“Para poder exatamente forçar a cidade de São Paulo a parar. A cidade que nunca parou. A cidade que trabalha. A cidade que é a soma e os esforços de vários migrantes e imigrantes que para cá vieram em busca de trabalho precisa parar para que a gente não tenha mais casos como esse de pessoas que não conseguem ser atendidas e venham a óbito por falta de atendimento”, destaca.

A partir do dia 26 até o dia 4 de abril não haverá dias uteis na capital paulista. A prefeitura também anunciou a abertura de 640 leitos para covid-19. Há mais de uma semana, várias cidades da região metropolitana estão com os leitos de UTIs esgotados e já registraram mortes por falta de vagas nas UTIs. Segundo a secretaria de saúde do estado, 63 municípios estão com 100% dos leitos de UTI ocupados.
O secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, alertou que cidades menores do interior do estado, com cerca de 10 mil habitantes, vão enfrentar problemas no abastecimento de oxigênio. Nessas cidades, os hospitais só contam com o oxigênio fornecido em cilindros.

“Vai comprometer oxigênio em alguns municípios do estado de São Paulo. Alguns desses deles estão muito distantes de alguns centros, 200 e 300 km. E a medida em que eu tiver uma solicitação muito grande. Um caminhão vai, deixa cilindros, mas quando ele volta esses cilindros já acabaram. Então, o problema é logístico”, pontua o secretário.

O estado de São Paulo vem registrando, em média,  600 mortes por covid e 17 mil novos casos da doença, por dia. Nessa quinta-feira havia 11.109 pacientes internados em UTIs em todo o estado. Quase 5 mil a mais que o número de pacientes internados 3 semanas atrás.
*colaborou Simone Magalhães.

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