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Estória Infantil: Animais de estimação

Estória infantil do professor MARCO AURÉLIO
Nossa casa sempre tem um bichinho de estimação. Cachorros (pets) ou gatos, são os mais comuns. Mas Hoje, temos em casa  outros bichinhos bem diferentes:  porquinho da índia, iguana, Cacatua, coelho, Hamster, Chinchila, furão, tartaruga e sei lá mais o quê. 
existem outros animais que convivem com a gente. Uns entram em casa sem convidarmos. Nos visitam na sala, na sacada, no jardim, até no quintal. São os visitantes.
Outros moram com a gente e se escondem nos cantinhos da casa, andando pelas paredes, pelas frestinhas dos tacos e sei lá onde. São os de casa.
Alguns viraram nossos bichinhos de estimação. Embora sejam muito diferentes dos cachorrinhos e dos gatinhos. São os diferentes.
E, infelizmente, há aqueles que aparecem em casa sem a gente querer que venham. 

 

BEL, a ABELHA.                                           

Uma visitante esperada
 
Todas as manhãs que ela vem, faz tudo sempre igual. Olha a sacada. Da sacada do prédio olha a mesa da sala de jantar e se a porta da sacada estiver aberta, entra voando, com seu som conhecido por todos nós. ZZZZZZ.  Me sacudindo logo às seis da manhã.
Todos os dias, chega na mesma hora do meu café. Claro, que tem dias que ela falta. Penso logo, que ela deve estar ocupada em casa ou no trabalho com as amigas. Mas, sei que ela no outro dia virá, como sempre acontece. No dia seguinte, lá vem minha amiga às seis da manhã. 
Não sei porque, hoje, ela quer ficar voando em volta do lustre acesso sobre a mesa e quase morrendo queimada pelo calor da lâmpada. Como seu único amigo humano, acho, me desesperei. Primeiro, apaguei as luzes da sala e abri todas as janelas. Mas ela não quis ir embora.

Muitas vezes, ela faz assim. Eu a conduzo para a sacada e fecho a porta de vidro. De repente, Bel – a abelhinha querida – volta pela janela da lavanderia, que eu esqueci de fechar, e fica voando sobre a mesa de café, de novo.
Como hoje, ela insiste em voar em volta do lustre. Tomei uma atitude radical. Subi na cadeira. Peguei minha amiga Bel com a toalha de rosto do banheiro, com muito cuidado para não machucá-la. Levei-a até à sacada e a soltei. Falando:
— Vai Bel, ainda é cedo, o sol nem nasceu direito ainda.  Amanhã, você volta.  Se quiser, tomamos café juntos, como sempre. 
Minha abelhinha olhou pra mim, piscou simpaticamente e foi embora voando, feliz da vida, com o seu som conhecido: ZZZZZZZZ. Como se dissesse:
— Amanhã, na hora do seu café, passo por aqui, amigão.
— Acho que amanhã ela volta.

     
A maioria das abelhas que circulam no Brasil são de origem europeia ou asiática. Foram trazidas para a América pelos ingleses e espanhóis. No Brasil chegaram por volta de 1839 para ajudar os apiários na produção de mel, cera e própolis.
Tem o tamanho de 12 a 13 milímetros e vivem em colônias permanentes, formadas por uma rainha (as vezes duas rainhas), dez a quinze mil obreiras (que são aquelas que beijam as flores e polinizam a natureza, mais os zangões, entre 500 e 1500 machos.  Há colmeias maiores.
As fêmeas não possuem ferrão como os zangões. A casa das abelhas são as colmeias, que podem ser naturais ou artificiais (feitas pelo homem). Com a produção da cera, as abelhas fazem os favos, que são sempre em forma de prismas idênticos de seis lados.
Nos favos, as abelhas guardam o mel e o pólen, que sevem de alimentos para as larvas e os insetos adultos.
Só a rainha coloca ovos, para o nascimento das novas abelhas. A rainha coloca cerca de 3 mil ovos por dia.
Quando a colmeia precisa de outras fêmeas para pôr ovos, as abelhas obreiras constroem um alvéolo maior, onde são depositados os ovos fecundados, que recebem uma alimentação especial, transformando-se em larvas e depois em novas rainhas.
Em cada colmeia só pode ter uma rainha. Assim, se nascerem outras rainhas, só uma fica na colmeia e as outras são expulsas.
Quem fecunda a rainha são os zangões, que só fazem isso. Todos os anos, a colônia libera um ou mais enxames e junto com eles vai uma rainha, que forma uma nova colônia em outro lugar.
Na Colmeia, cada abelha tem sua tarefa. Para o biólogo e cientista Charles Darwin, esse jeito de fazer os favos e produzir o mel são instintos naturais, que se reproduzem e se modificam por gerações, através do meio ambiente onde vivem e das seleções naturais que ocorrem sistematicamente ao longo do tempo.
Assim, as abelhas vão vivendo e se adaptando ao mundo. Uma abelha visita cerca de dez flores por minuto, faz em média 40 voos diários, tocando em até 40 mil flores. Recolhem o néctar com a língua e guardam numa bolsa que fica na garganta, ali ele perde água e vira mel. Uma Colmeia pode ter até 80 mil abelhas. Há nela, uma rainha, 400 zangões e o restante são obreiras. Só as fêmeas trabalham.
Quando, abelhas como a Bel entram em nossas casas é porque elas não encontram mais tantas flores na cidade. Aí vão procurar doces ou as frutas da fruteira. Daí para virarem nossas amigas é só um passo, ou um voo. 

 
Marco Aurélio Rodrigues Freitas é jornalista, biomédico, historiador e professor das redes municipal e estadual de São Paulo. Deverá escrever suas estórias infantis todos os meses no site Planeta Osasco.

 

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Marco Aurélio

Marco Aurélio Rodrigues Freitas, Jornalista, Biomédico, Historiador e Professor das redes municipal e estadual de São Paulo. Crônicas no Planeta Osasco.

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