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Mulheres indígenas ocupam seu espaço ao liderar aldeias

A cada dia, a mulher indígena conquista seu espaço nas aldeias. Pela primeira vez na história do povo Xikrin do Cateté, no Pará, uma mulher está comandando mais de 1.100 integrantes.
É a cacica Kokoti Xikrin, de 28 anos, que foi escolhida em fevereiro para liderar a comunidade.
Kokoti seguiu os passos do pai, numa tradição que já era da família. E a escolha foi referendada pela comunidade. Além do pai, o avô e o bisavô de Kokoti também foram caciques.
A nova líder fala pouco o português, mas tem voz e compromisso com seu povo. Quer se encontrar com outras lideranças mulheres para discutir ações importantes para as indígenas em diferentes comunidades do país.
Sonora: “É importante uma mulher cacica assumir para tomar as decisões para cuidar, ajudar, junto com outras mulheres cacique.”
Desde 1970, as mulheres indígenas têm conquistado representatividade nas lutas de seus povos e inspirado a participação umas das outras nos avanços pela ampliação e reconhecimento de direitos, se tornando lideranças, cacicas e pajés. Um exemplo mais atual desse avanço foi Sônia Guajajara, primeira indígena a ser candidata à vice-presidência da República, nas eleições de 2018.
Em 2009, Telma Taurepang também assumiu o cacicado pela primeira vez na comunidade, no estado de Roraima. Ela destaca o quanto é importante que, cada vez, mais mulheres possam assumir esses postos.
Sonora: “Ocupar esses espaços para que as mulheres, cada vez mais, saiam dos bastidores e venham atuar nesse protagonismo, nesse contexto de luta e resistência dos povos indígenas.”
No sul do Pará, atualmente, existem seis mulheres cacicas. O-é Paiakan Kayapó é uma delas. Ela conta que também ocupa o cargo por causa da linhagem familiar, mas reforça que as mulheres estão diariamente conquistando mais espaços.
Sonora: “As mulheres, elas que ficam na aldeia, elas que têm o conhecimento do território, da natureza, da alimentação. Elas têm o papel fundamental em muitas questões sociais, na fala delas. Elas vão saber muito bem responder essas questões.”
Detentoras de muitos saberes, as mulheres têm se organizado em associações e movimentos. E isto só proporciona o compartilhamento de saberes, desenvolvimento profissional e empoderamento.
Cada dia mais, mulheres como Kokoti, Telma e O-é Paiakan, além de levarem pautas novas ao movimento indígena, protagonizam a história das populações e, de seu modo, fazem uma grande revolução.

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