A exposição Nise da Silveira – a revolução pelo afeto, cumpre temporada até o dia 16 de agosto no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro. A mostra reúne trabalhos de arte contemporânea, além de 90 obras de ex-pacientes da médica, que ousou se opor a métodos agressivos usados pela psiquiatria nos anos 50. A mostra, inédita, tem curadoria do estúdio M’Baraká, e lembra os 22 anos de morte da médica alagoana, pioneira da luta antimanicomial e da terapia ocupacional, que revolucionou o tratamento de pessoas com doenças mentais através da metodologia do afeto.
As peças fazem parte do vasto acervo do Museu de Imagens do Inconsciente, organização fundada pela própria Nise, no Engenho de Dentro, na zona norte carioca. Isabel Seixas, uma das curadoras da exposição e sócia do estúdio, explica que mais que uma homenagem, a mostra pretende apresentar ao público o trabalho da psiquiatra, que criou ateliês de pintura e modelagem para que seus pacientes pudessem se expressar por meio da arte.
Ainda segundo a curadora, juntam-se à exposição trabalhos de artistas renomados que se relacionam com o tema da psiquiatria. Entre eles, peças assinadas por diferentes gerações das artes visuais brasileiras, como imagens de Lygia Clark, que manteve uma pesquisa sobre arte terapia; uma videoinstalação de Carlos Vergara e esculturas de Zé Carlos Garcia que refletem sobre o inconsciente.
As visitas presenciais são diárias, exceto às terças-feiras, no horário de 9h às 18h. A entrada é gratuita, mas, por questões relacionadas às medidas de controle da pandemia de covid, é preciso antes fazer um agendamento online no site eventim.com.br. A partir de julho, a exposição poderá ser visitada também por meio de uma galeria virtual 3D.
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