Destaques

Polícia Federal faz operação contra fraude em previdências municipais

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (15) a Operação Fundo Fake, com o obejtivo de para combater “esquemas criminosos de gestão fraudulenta em institutos de previdência municipais, que atuam em diversos estados”. 
Setenta e um mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por 200 policiais nos estados de Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Minas Gerais. Todos foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal, em Porto Velho (RO).
Segundo a PF, uma investigação feita em Vilhena (RO) identificou que o instituto de previdência da cidade de Rolim de Moura (Rolim Previ) contratou “por vários anos” uma empresa de consultoria financeira, na busca por indicações de aplicações financeiras para o fundo.
“Ao longo dos trabalhos, foi verificado que, logo após os investimentos do Rolim Previ nos fundos, boa parte do valor era repassada rapidamente para a consultoria e seus sócios. Tal prática é conhecida no mercado como “rebate”, informou, em nota, a PF.
Por meio desses “rebates” eram obtidos, em alguns casos, retornos de mais de 20% em relação ao valor investido. A consultoria então providenciava que parte dos valores chegasse a gestores do Rolim Previ, diz a Polícia Federal.

“Outro modus operandi dessas instituições financeiras foi criar diversos fundos de investimentos que aportavam valores entre si, como um efeito cascata. Dessa forma, as administradoras e gestoras desses fundos conseguiam multiplicar seus ganhos com taxas de administração, gestão e performance (essa quase sempre fraudada), criando uma espécie de dinheiro virtual e aumentando muito o risco dos investimentos, todos atrelados”, complementa a nota.
A PF estima, por meio de laudos periciais, que o prejuízo causado pelo grupo apenas à Rolim Previ chegue a R$ 17,4 milhões.
Ainda segundo a PF, fundos administrados por uma das instituições investigadas receberam investimentos de 65 outros institutos de previdência, de várias partes do país.
Cerca de R$ 500 milhões de regimes próprios de previdência privada foram aportados nestes fundos fraudulentos, valor que já foi bloqueado pela Justiça Federal.
Um dos gestores do Rolim Previ já foi afastado. A PF informou que ele foi alvo de outras investigações, inclusive já tendo sido indiciado pelo mesmo crime de gestão fraudulenta.
Entre as medidas adotadas pelos investigadores está a suspensão de 18 cadastros de Pessoa Física (CPFs) e cadastros de Pessoa Jurídica (CNPJs), de forma a impedi-los de atuar no mercado financeiro.
Se condenados, os investigados podem responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, corrupção ativa e passiva, e organização criminosa, além da lavagem de dinheiro.

Concorra a prêmios surpresas ao fazer parte de nossa newsletter GRATUITA!

Quando você se inscreve na nossa newsletter participa de todos os futuros sorteios (dos mais variados parceiros comerciais) do PlanetaOsasco. Seus dados não serão vendidos para terceiros.

PlanetaOsasco.com

planeta

O PlanetaOsasco existe desde 2008 e é o primeiro portal noticioso da história da cidade. É independente e aceita contribuições dos moradores de Osasco.

Artigos relacionados

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Botão Voltar ao topo
0
Queremos saber sua opinião sobre a matériax