Para polícia, deputada Joice Hasselman se machucou com queda
A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu, nesta sexta-feira, que a deputada federal Joice Hasselman, do PSL de São Paulo, sofreu uma “queda da própria altura”, possivelmente em decorrência do uso de remédios para dormir, no episódio em que ela levantou suspeita de ter sido vítima de um atentado.
Em nota, a corporação afirmou ainda que não se evidenciou “quaisquer elementos que apontassem para a prática de violência doméstica ou atentado/agressão por parte de terceiros”. O caso foi encaminhado para o Poder Judiciário e ao Ministério Público, e segue em segredo de justiça.
O advogado da parlamentar, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, divulgou nota em que “reitera a confiança no trabalho técnico” da Polícia Civil de Brasília. A defesa ressalta que a deputada sempre se colocou à disposição para contribuir com a investigação e que “o episódio serviu para discutir a segurança nas residências oficiais”.
Vamos relembrar o caso. No dia 18 de julho, a parlamentar acordou com marcas de sangue no chão do apartamento funcional onde mora, aqui em Brasília, sem se recordar do que havia ocorrido. Ela estava com dois dentes quebrados e um corte no queixo. Joice foi socorrida pelo marido, Daniel França, que é médico, e buscou atendimento hospitalar quatro dias depois. Segundo ela, exames constataram fraturas no rosto, coluna e traumas pelo corpo. Joice divulgou o incidente nas redes sociais.
O Depol, Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, foi acionado para investigar o caso. No dia 27 de julho, a perícia concluiu que não houve entrada de pessoas estranhas no apartamento de Joice Hasselmann e que a parlamentar não havia saído do imóvel entre 15 e 22 de julho. Foram analisadas 16 câmeras do prédio e funcionários que trabalham no local foram ouvidos.
Tanto a deputada como o marido dela negaram a ocorrência de violência doméstica. No dia primeiro de agosto, o exame de corpo de delito em Daniel França, realizado pelo IML do Distrito Federal, não constatou lesões recentes nas mãos, dedos ou punhos dele, que poderiam mostrar se houve confronto físico.
