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Anvisa detalha porque não aprovou a Sputnik V, vacina contra covid-19

Em uma reação inédita, a Anvisa divulgou nessa quinta-feira trechos de uma reunião feita no dia 23 de março com representantes do Instituto Gamaleya, da Rússia, que desenvolve a vacina Sputnik V. Todas as reuniões da agência reguladora são gravadas, mas foi a primeira vez que ocorreu a divulgação.
O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, considerou o ato uma resposta necessária diante da repercussão internacional da decisão da agência de rejeitar o pedido de governadores para importar doses da vacina. Barra Torres destacou que diversos motivos levaram à decisão unânime da diretoria da Anvisa, na última segunda-feira. Entre eles, a composição da Sputnik V.
Antônio Barra Torres avaliou que não adianta o Instituto Gamaleya alterar apenas os documentos enviados à Anvisa. A vacina precisa passar por mudança na composição.
O principal problema é que a vacina contém um micro-organismo chamado adenovírus replicante. Esse micro-organismo, usado em outras vacinas contra a covid, deveria estar apenas na forma inativa, ou seja, sem a capacidade de se replicar.
Em nota, o Instituto Gamaleya disse que a decisão da Anvisa teve natureza política e ameaçou processar a agência reguladora por difamação. E acrescentou que nenhum adenovírus competente para replicação foi encontrado em lotes da Sputnik V.
Mas o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que os documentos apresentados pelo instituto indicam o contrário.
Durante esta quinta-feira, circulou nas redes sociais o boato que a Anvisa negou a importação da Sputnik V com base em resultados de testes que teriam sido feitos em um lote de vacinas adulteradas. Barra Torres rebateu essa suspeita e destacou que as análises da agência são feitas apenas nos documentos sobre o desenvolvimento das vacinas.
O presidente da Anvisa reiterou o compromisso da agência em acelerar a autorização de uso de remédios e vacinas, principalmente no combate à pandemia, desde que cumpram critérios internacionais de eficácia, qualidade e segurança. Antônio Barra Torres afirmou que a Anvisa continua à disposição do Instituto Gamaleya e dos demais desenvolvedores para receber novas informações que tornem possível a liberação de uso de novos produtos.

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