Amapá vive surto de sarampo e ultrapassa número registrado em 2020
Além da pandemia da covid-19, o Amapá vive um outro surto que pode sobrecarregar o sistema de saúde. Nos primeiros cinco meses do ano, o estado já ultrapassou os casos de sarampo registrados em 2020.
Já são 320 casos confirmados até este mês de maio, contra 297 em todo o ano passado. E em 2019 foram registrados apenas dois casos de sarampo no estado.
O Amapá ainda investiga duas mortes de crianças indígenas ocorridas este ano por suspeita de sarampo.
Para o superintendente de vigilância em saúde do estado, Dorinaldo Malafaia, a preocupação aumenta com a incidência da covid-19, da gripe e do sarampo.
Os sintomas do sarampo são parecidos com os da covid-19, como tosse e febre. A doença é altamente contagiosa, afetando crianças e adultos. A única forma de prevenção é a vacina, que precisa ser aplicada em duas doses.
Os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que a taxa de vacinação contra o sarampo ainda é pequena em todo Amapá. Apenas 10% para primeira dose e cerca de 5% para a segunda.
Dorinaldo Malafaia relata algumas dificuldades de manter o calendário de imunização atualizado durante a pandemia.
O governo do Amapá afirma que vem ampliando a campanha de imunização contra o sarampo, incentivando os municípios a vacinarem de casa em casa, além de fazerem uma busca ativa dos casos.
A vacina contra o sarampo deve ser aplicada a partir do sexto mês da criança com um reforço aos 15 meses. Para os adultos até os 39 anos, que ainda não tenham se vacinado ou que não lembram se receberam a imunização, é preciso tomar duas doses. No caso da faixa etária de 40 a 59 anos, basta a dose única.
Vale destacar que o sarampo pode provocar sequelas de lesões graves neurológicas e levar até a morte.