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UFRJ recomenda lockdown no Rio para conter covid-19

No momento em que prefeituras e estados começam a discutir a reabertura do comércio, após as restrições impostas para evitar a propagação da pandemia do novo coronavírus, o Grupo de Trabalho Multidisciplinar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre a covid-19 (GT UFRJ) recomenda medidas mais duras, como o bloqueio total, chamado de lockdown, em áreas do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a Nota Técnica, divulgada no fim de semana, não há evidências que mostrem diminuição no nível de contágio no estado, que pode ter o pico do processo epidêmico a partir do próximo final desta semana, chegando a 55.000 casos confirmados e 13.000 óbitos. As projeções foram feitas com base nos registros da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do dia 9 de maio. Ontem, já eram 5.344 óbitos e 53.388 casos confirmados, além de 1.293 óbitos em investigação.
Segundo os cientistas, os esforços iniciais para conter a pandemia contribuíram para reduzir a velocidade da propagação da doença ao longo do tempo, chamado tecnicamente de valor do indicador de reprodutibilidade da doença (R). Mas a nota ressalta que a situação ainda é “extremamente preocupante”.
“Os resultados indicam que o valor do indicador de reprodutibilidade da doença (R) ainda é muito alto (um valor maior do que 2!), sugerindo que ações mais firmes (lockdown) para desacelerar com mais intensidade a velocidade de espalhamento do SARS-CoV-2 e a consequente propagação da doença em larga escala na população ainda devam ser consideradas nas diferentes localidades do estado do Rio de Janeiro”, diz o documento.
Em todas as áreas analisadas, o Covidímedro da UFRJ indica a necessidade de lockdown, já que o nível de espalhamento da doença está maior do que 2, ou seja, cada pessoa com covid-19 contamina pelo menos outras duas. O nível moderado de espalhamento seria R entre 0,9 e 1,2. Para o Estado do Rio de Janeiro R foi calculado em 2,25 e para a cidade do Rio de Janeiro ficou em 2,15.
No início das medidas de isolamento social, em meados de março, o nível de espalhamento da covid-19 no estado estava em 5,5.

A nota indica também a relação entre o nível de isolamento no estado e o número de casos de covid-19, com base na mobilidade de telefones celulares, desde 1º de fevereiro até o dia 23 de maio. Segundo os cientistas, o aumento ou diminuição do nível de isolamento se reflete no número de casos 16 dias depois.
“É possível observar que o nível de isolamento social, de acordo com esse indicador de mobilidade, se manteve, em média, acima de 50% de 16/03 a 02/05, sendo que a partir de 03/05, esse indicador de mobilidade sugere que o nível de isolamento social foi próximo de 40%, portanto com aumento de movimentação nas ruas”.
Com isso, a nota aponta para um maior número de casos a partir do final da primeira semana de junho e a desaceleração na queda da propagação da doença no estado.

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