Governo de São Paulo estuda novas restrições para conter a covid-19
Vivendo o pior momento da pandemia da covid-19, governo de São Paulo estuda mais restrições e pede unificação de medidas em todo o país.
O número de novas internações por coronavírus cresceu mais de 18% em uma semana no estado de São Paulo. A proporção vale tanto para leitos de UTI quanto para enfermarias.
Nessa segunda-feira (1), 73% dos leitos de UTI estavam ocupados. São mais de 7 mil pessoas em terapia intensiva e uma média de 100 novos pacientes internados diariamente em UTIs.
O índice de ocupação é praticamente 15% maior que o registrado em julho do ano passado, no primeiro pico da pandemia.
Desde a última sexta-feira (26) o estado adotou o toque de recolher a partir das 23h, até às 5 da manhã. E a partir desta segunda-feira (1) a maior parte das cidades entraram na fase laranja do Plano São Paulo.
Mas o coordenador do centro de contingência para o coronavírus, Paulo Menezes, disse que estão sendo estudadas medidas ainda mais restritivas.
O coordenador executivo do Centro de Contingência e ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, fez um apelo para que o governo federal leve em consideração o pedido feito na carta do CONASS, o Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde, de unificação das medidas de combate à pandemia em todo o país.
A carta foi assinada pelos 27 secretários estaduais de saúde e enviada nessa segunda-feira ao Ministério da Saúde. Entre as demandas dos gestores estaduais estão a adoção de um toque de recolher em todo país, proibição de aglomerações e eventos, controle de acesso às praias, implantação de barreiras sanitárias nos aeroportos e o reconhecimento do estado de emergência em todo país.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que preconiza, desde o início da pandemia,o uso contínuo de máscaras, bem como evitar aglomeração, distância de pelo menos 1 metro, etiqueta respiratória e higienização das mãos como medidas não farmacológicas para o combate à pandemia.