CNC aponta tendência de alta no consumo das famílias
Após registrar queda no último mês, a Intenção de Consumo das Famílias, medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, voltou a subir em março. O indicador alcançou 73,8 pontos, o que representa um crescimento mensal de 0,6%.
Apesar do índice positivo, o resultado divulgado nesta quinta-feira é o pior para o mês de março desde o início da série histórica, em 2010.
Frente a igual período do ano passado, a retração alcançou 26,1%, décima segunda queda nessa base de comparação. De acordo com a CNC, a Intenção de Consumo das Famílias está abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos, desde maio de 2015.
A economista responsável pelo estudo, Catarina Carneiro, afirma que o avanço do indicador em março mostra maior confiança das famílias na recuperação econômica, percepção que está relacionada, segundo ela, a uma melhora na avaliação sobre o mercado de trabalho.
“Esse crescimento foi devido, principalmente ao mercado de trabalho. O emprego atual apresentou crescimento assim como a perspectiva de emprego. Esses fatores fizeram com que a perspectiva de consumo também aumentasse pelo sexto mês consecutivo, mesmo o consumo atual tendo tido uma queda. O que representa que apesar da incerteza, num curto prazo, nos próximos meses as perspectivas são mais positivas levando nosso indicar a avançar”, observa ela.
Na comparação com fevereiro, o levantamento mostra que cinco dos sete componentes do indicador registraram alta, com destaque para compra de bens duráveis. Por outro lado, dois itens tiveram queda: acesso ao crédito e nível de consumo atual.
Já na comparação com março de 2020, os sete componentes recuaram, principalmente bens duráveis e perspectiva de consumo.