IBGE: Abate de bovinos tem queda de 8,5% entre 2020 e 2019
Após três anos em alta, o número de bovinos abatidos no país em 2020 caiu 8,5% em comparação com 2019. No total, foram 29,7 milhões de cabeças abatidas e, com essa queda, o resultado volta ao mesmo patamar de 2016.
Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. A pesquisa mostra que, apesar dessa queda no abate, as exportações de carne bovina in natura alcançaram um patamar inédito em 2020, considerando a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.
Por outro lado, a pesquisa do IBGE mostra que, no ano passado, o abate de frangos e suínos seguiu a tendência de alta. Com aumento desde 2005, o abate de suínos cresceu 6,4% em 2020, totalizando 49,3 milhões de cabeças abatidas, o que representa um novo recorde desde o início da série histórica da pesquisa, em 1997.
Já o abate de frangos cresceu 3,3% e chegou a 6 bilhões de cabeças, também um novo recorde da série histórica.
Sobre o aumento das exportações da carne bovina no ano passado, o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, explicou que a desvalorização do Real torna a carne brasileira mais competitiva no mercado externo, o que é uma vantagem para os frigoríficos que exportam.
Em relação ao abate suino, segundo ele, em 2020 as exportações da carne in natura alcançaram recordes devido à demanda do mercado externo por conta da Peste Suína Africana que reduziu consideravelmente o rebanho chinês.
Para o frango, Bernardo Viscardi avalia que o recorde no abate é resultado dos preços mais baratos e, que, como não houve destaque de exportação, uma parte desse aumento foi destinado ao consumo interno.
A pesquisa também mostra que a produção de ovos de galinha totalizou 4 bilhões de dúzias em 2020, uma alta de 3% em relação a 2019, influenciada pelo aumento do consumo do produto em meio à recessão por conta da pandemia.
Já a aquisição de leite teve um aumento de 2,1%, chegando a 25,5 bilhões de litros. O resultado dá continuidade à sequência de altas, observada desde 2017, e representa um recorde para o acumulado anual na série histórica.