Vereadores repudiam fala de pastor goiano
Por Ana Rodrigues
A recente fala do pastor Jonas Felício Pimentel, líder da igreja evangélica Tabernáculo da Fé de Goiânia, em que ele culpa crianças vítimas de abusos sexuais, provocou indignação nos parlamentares osasquenses.
Durante a 26ª Sessão Ordinária, realizada nesta terça-feira (7), a vereadora Ana Paula Rossi (PL) apresentou uma Moção de Repúdio ao pastor, aprovada por unanimidade.
“Não podemos aceitar calados um pastor usar um púlpito de uma igreja para dizer sobre a possibilidade de uma criança ter seduzido um abusador, achar uma justificativa para um abuso sexual. Isso é inadmissível”, declarou Ana Paula Rossi. A parlamentar leu a fala do pastor apontando a gravidade do caso.
“A criança, em qualquer circunstância, é uma vítima. Não existe nenhuma possibilidade, nenhum critério que a faça culpada”, ressaltou Cristiane Celegato (Agir), considerando absurda a fala do pastor.
O vereador Joel Nunes (Republicanos) também se posicionou em relação aos casos de abusos e lamentou a impunidade. “Muitas coisas acontecem porque falta punição. Se existisse uma punição rigorosa, as pessoas não fariam isso”, disse Joel.
“É lamentável e muito triste”, reforçou Cristiane Celegato.
Para Lúcia da Saúde (PODE), o pastor deveria ser preso. A parlamentar lembrou ainda de outro caso de abuso registrado recentemente, em que um pai abusou da filha. “Isso é revoltante”, afirmou.
“É muito triste um homem que usa o púlpito de uma igreja para fazer uma expressão tão asquerosa como essa. De onde ele tirou que a criança é culpada de um abuso?”, questionou Paulo Junior (PRD), que usou um versículo da bíblia para repudiar Jonas Felício. “Tenha cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de pele de ovelha, mas, por dentro, são lobos devoradores”, acrescentou o vereador.
Pelé da Cândida (PODE) falou que os parlamentares precisam prestar atenção sobre o que acontece com muitas crianças e adolescentes que sofrem abusos sexuais, mas cujos casos não são divulgados. “A situação está à nossa vista. Não podemos nos calar”, afirmou.
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