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Ipea aponta queda no rendimento dos trabalhadores durante a pandemia

Os rendimentos efetivos dos trabalhadores caíram 2,2% no primeiro trimestre de 2021, de acordo com estudo do Ipea- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, que analisa o impacto da pandemia de covid-19 sobre o mercado de trabalho.
A proporção de domicílios sem qualquer renda proveniente de trabalho também passou de 25% no primeiro trimestre de 2020 para 29,3% agora em 2021. Antes da pandemia, a média era de 23%.
Para o Instituto, os dados demonstram como está sendo lenta a recuperação do nível de ocupação, especialmente entre as famílias de renda mais baixa e os trabalhadores menos escolarizados. Além disso, o autor do levantamento, Sandro de Carvalho, assinala que a queda da população ocupada causou um considerável impacto negativo na massa salarial real habitual, que é a soma dos rendimentos de todas as pessoas ocupadas no país. No começo de 2020, essa quantia já tinha recuado 9,5% com relação ao ano anterior e agora a queda ficou em 6,7%.
O recorte regional revela que o Nordeste foi a região mais afetada pela segunda onda da pandemia, com queda de 7,05% da renda efetiva. Por outro lado, os trabalhadores do Centro-Oeste sofreram o menor impacto, com queda de 0,84%.
Ainda de acordo com o estudo, a faixa etária mais afetada pela segunda onda foi a dos jovens adultos, de 25 a 39 anos, que viram seus rendimentos encolherem 7,73%. Já entre as pessoas a partir dos 60 anos, houve crescimento de 7,06%. Neste caso, a avaliação é que o resultado positivo decorreu principalmente do fato de que mais brasileiros nessa faixa passaram a trabalhar por conta própria.
Já em relação à escolaridade, os rendimentos caíram para todas as categorias, com destaque para os trabalhadores que completaram o ensino médio, onde chegou a 8,37%.

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