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OMS alerta: mundo tem carência de quase 6 milhões de enfermeiros

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz um alerta: a pandemia de Covid-19 evidenciou a necessidade de investimentos urgentes em profissionais de enfermagem. A entidade divulgou, nesta terça-feira (7), relatório feito em parceria com o Conselho Internacional de Enfermeiras sobre a situação da enfermagem no mundo em 2020.
O estudo revela que atualmente existem cerca de 28 milhões de enfermeiras e enfermeiros em todo o mundo. Eles representam mais da metade de todos os trabalhadores da saúde no planeta.

Mas o número indica também um déficit de 5,9 milhões profissionais de enfermagem. As maiores lacunas estão em países da África, Sudeste Asiático, Oriente Médio; e em algumas partes da América Latina, como Haiti, Bolívia e República Dominicana.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que enfermeiras e enfermeiros são a espinha dorsal de qualquer sistema de saúde. E que, hoje, muitos deles estão na linha de frente da batalha contra o novo coronavírus.

A enfermeira Katy Macedo está em casa após ter seu teste positivo para Covid-19. Ela ainda apresenta alguns sintomas da doença, como a tosse, obstrução nasal e perda de olfato e paladar. Kate Macedo trabalha em um dos maiores hospitais do Ceará, o Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza. Ela relata como foi para a equipe de enfermagem a chegada dos primeiros pacientes com coronavírus.

Além da falta de enfermeiros, há também problemas de distribuição. De acordo com a Organização Pan Americana da Saúde (Opas), dos os 35 países-membros da entidade, apenas 36% dos enfermeiros estão em áreas rurais.

Estados brasileiros da região Norte sofrem com essa concentração de profissionais em grandes centros. Integrante da Câmara Técnica de Atenção Básica do Conselho Federal de Enfermagem, Alexsandra Leocádio afirma que o Amazonas tem mais de 11 mil enfermeiros.

Para ela, que é enfermeira e professora da universidade federal do Amazonas, o número parece ser razoável. Mas observa que não há política de fixação e interiorização desses profissionais e que a maioria está em Manaus. Segundo Alexsandra Leocádio, a questão ficou mais clara agora com a pandemia de Covid-19.

Sonora: “Muitos estão na capital. A capital em especial passa por um cenário político na saúde lamentável. Os grandes hospitais tem à frente O.S., que, há pelo menos 3 meses, não honram com o pagamento dos profissionais de enfermagem. Porém, eles seguem no front no combate à Covid-19 por serem responsáveis, comprometidos e não deixarem o seu princípio básico da profissão que é o cuidar com ciência.”

O documento também indica que cerca de 90% de todos profissionais de enfermagem são mulheres, mas poucas delas estão em cargos de gerência. A grande maioria dessas posições é ocupada por homens.

Para garantir a força de trabalho de enfermagem do qual o mundo precisa, a OMS recomenda medidas como o aumento do financiamento dos países para capacitar e empregar mais profissionais de enfermagem.

De acordo com a OMS, os governos precisam investir na capacitação do pessoal de enfermagem e na criação de empregos no setor. Para a organização, sem profissionais de enfermagem e outros profissionais de saúde, os países não podem vencer a batalha contra surtos.

O vice-diretor da Opas, o médico brasileiro Jarbas Barbosa, afirmou, em videoconferência nesta terça-feira (7), que o novo coronavírus está exigindo que os países façam esforços para recrutar novos profissionais para que o sistema de saúde tenha capacidade de atender as pessoas.

Sonora: “No México, por exemplo, a secretaria de saúde está em processo de recrutamento de profissionais coma meta de ter 20 mil novos profissionais participando do sistema de saúde. Em outros países da região há iniciativas semelhantes.”

No Brasil, o Ministério da Saúde abriu cadastro para incluir cerca de 5 milhões de profissionais de saúde que poderão atuar em todo país no combate ao coronavírus. São 14 áreas de atuação, entre elas está a enfermagem.

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