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Medalhista de wrestling, Aline Silva pede doações para que meninas tenham internet para estudar

“O esporte me transformou como pessoa, me deu muito mais do que uma medalha. Com o esporte, ganhei o mundo. Visitei mais de 30 países, falo inglês fluente por causa do esporte. Ele me abriu uma visão de mundo que eu não teria condições de ter sem ter dinheiro para viajar”.
Esta é Aline Silva, vice-campeã mundial e três vezes medalhista em Jogos Pan-Americanos. A vida da garota de infância humilde, que chegou a ficar em coma alcoólico aos 11 anos, mudou por meio do esporte. Primeiro, no judô. Depois, e definitivamente, na luta olímpica.
Aos 33 anos, Aline dá chance para jovens carentes, principalmente meninas, também possam construir uma nova trajetória nos tatames – e fora dele também. Há dois anos, ela criou o Mempodera, um projeto que realiza em Cubatão, cidade paulista onde ela treina e mora.
“Uma das missões é o empodera de meninas através do esporte, promover a igualdade de gênero. A gente começou, no primeiro ano, só com meninas. No segundo ano começamos a aceitar meninos. Eu já tinha ideia do projeto, depois das Olimpíadas do Rio eu já comecei a pensar no que fazer depois de ser atleta. Para mim faz muito sentido continuar trabalhando com esporte, mas no sentido de transformar a vida das pessoas, e não com rendimento. O rendimento foi consequência na minha vida”.
O projeto atende a mais de 80 jovens de 6 a 15 anos, com aulas de wrestling e também de inglês. A pandemia do novo coronavírus paralisou as atividades presenciais, que ocorrem em uma escola pública de Cubatão, do bairro Jardim Nova República, área de alta vulnerabilidade social.
As aulas seguem on-line, mas, a maioria das crianças não têm conseguido acompanhar. O motivo? Falta de acesso à internet. Por isso, Aline iniciou uma campanha para ajudar a comprar dados móveis, para que toda a garotada siga virtualmente no projeto.
“Numa das aulas, a professora de Wrestling cobrando uma aluna que estava ausente, ela respondeu que nunca teve internet em casa. Outra aluna falou que talvez conseguisse rotear a internet do celular dela, pela janela de casa, para a aluna. E aí a ficha caiu. A escola onde meu projeto está hoje tem um comitê de solidariedade que está lutando para conseguir ajuda básica para as famílias. Porque se você não tem o básico, como vai pensar na educação? O escopo do projeto prevê pagar a internet, e o excedente vai para ajudar as famílias”.
Em paralelo, ela também busca doações de telefones celulares usados para as crianças assistirem às atividades.
“Pedindo para as pessoas que tem um celular que não está sendo mais usado, que não tem mais valor de venda ou que ao invés de vender prefere fazer o bem para um jovem, pra doarem, mandar pra gente. E aí a gente manda um vídeo de volta da criança que recebeu o celular agradecendo.
A meta da campanha é juntar cerca R$ 7,9 mil. Além da internet, o montante vai auxiliar a compra de máscaras, sabonetes e álcool em gel.
Além de cuidar do projeto, a paulista mira a Olimpíada do ano que vem. Aline se garantiu nos Jogos em março, no pré-olímpico de wrestling, no Canadá. Ela ainda não conseguiu voltar a treinar para valer, mas não perde o foco de Tóquio.
O link para colaborar com a campanha da lutadora está disponível aqui, ou nas páginas de Aline e do projeto no instagram: @alineluta e @mempodera .

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