Treinamento em Oftalmologia oferecido pelo Programa de Educação Médica Continuada
Em alusão ao Dia do Oftalmologista, comemorado em 7 de maio, a Prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria de Saúde, abordou o tema “Atualização em Oftalmologia” no treinamento do Programa de Educação Médica Continuada. O evento realizado no auditório do Centro de Especialidades Luiz Maria Barletta em 10 de maio reuniu dezenas de profissionais da rede municipal de saúde.
“Esse treinamento contribui para que possamos compartilhar conhecimentos. Muitos casos chegam primeiramente nos prontos-socorros e é importante que os profissionais identifiquem o problema para dar início ao tratamento e até mesmo encaminhar ao oftalmologista”, relatou o coordenador da Atenção Especializada da rede, o médico hematologista e hemoterapeuta Felipe Ribeiro Cardoso.
Ministrado por médicas oftalmologistas, esse treinamento foi dividido em três subtemas: “Urgências oftalmológicas em Prontos-socorros: diagnósticos mais frequentes”, por Marcia Domingues Fernandes; “Uma visão geral das principais causas de baixa da acuidade visual na infância”, por Cinara Lagos; e “Aspectos clínicos do glaucoma”, por Roberta Andrade Nascimento.
Temas abordados
Em “Urgências oftalmológicas em Prontos-Socorros: diagnósticos mais frequentes”, a médica Marcia Domingues Fernandes explicou que as principais queixas apresentadas pelos pacientes são olhos vermelhos, dores e baixa visual.
Segundo a profissional, as causas são divididas em traumáticas e não traumáticas. As não traumáticas estão as conjuntivites infecciosas (viral e bacteriana), conjuntivites alérgicas, ceratites ou úlceras de córnea, uveítes (inflamação da úvea, camada vascular do globo ocular) e glaucoma agudo, sendo as três últimas consideradas mais graves. E as traumáticas são os casos que apresentam um corpo estranho na córnea e na conjuntiva, trauma contuso e hifema (quando acontece uma pancada e apresenta sangramento no olho), perfuração ocular e queimadura química.
Já na palestra sobre “Uma visão geral das principais causas de baixa da acuidade visual na infância”, a médica Cinara Lagos abordou o desenvolvimento visual da criança de 0 a 7 anos de idade e o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), conhecido como “Teste do Olhinho”, capaz de identificar a presença de diversas enfermidades visuais, como a catarata congênita, glaucoma, toxoplasmose e deslocamento de retina.
Na ocasião, explicou as diferenças entre miopia, astigmatismo, hipermetropia, retinopatia da prematuridade e retinoblastoma (tumor maligno intraocular mais comum na infância que atinge 1 em cada 100 mil crianças, além de ser assintomático, apresenta pupila branca conhecida como olho de gato, estrabismo, baixa visão e tem 90% de chances de cura com o tratamento precoce).
“Fiquem atentos aos sinais e aos sintomas de baixa visão nas crianças, o diagnóstico precoce é muito importante. Os pais também precisam manter os cuidados com a saúde ocular dos filhos, levando-os a uma consulta ao oftalmologista com mais frequência e não deixando as crianças muito tempo expostas às telas para recreação, exceto se for para aprendizagem, pois elas estão em fase de formação e acabam adquirindo doenças como miopia, por exemplo”, relatou a médica.
Durante o evento, citou a importância da campanha “Além do Olhar”, realizada pela Prefeitura de Barueri por meio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD) em parceria com as Secretarias de Educação e de Saúde para prevenção e recuperação da saúde ocular dos alunos do ensino fundamental.
E para finalizar o treinamento do mês de maio, a médica Roberta Andrade Nascimento abordou os “Aspectos clínicos do glaucoma” citando a perda lenta e progressiva da visão desta doença considerada no mundo como a primeira causa de cegueira irreversível. Ao passar pela anatomia do olho, a especialista adiantou os fatores de riscos, os sintomas, além dos medicamentos, exames e tratamentos indicados, e alertou que “apesar do paciente ser tratado adequadamente, pode ocorrer uma piora”.
Segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma, estima-se que 50% dos pacientes com glaucoma ainda não sabem que têm a doença. No Brasil, o glaucoma atinge cerca de 1 milhão de pessoas, e no mundo, 330 pessoas ficam cegas diariamente por causa da enfermidade.
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