Museu com peças de religiões de matriz africana será inaugurado no RJ
O primeiro museu dedicado às Comunidades Tradicionais de Terreiros do estado do Rio, o Museu Memorial Iyá Davina, vai ser reinaugurado neste sábado em São João de Mertiti, na baixada fluminense, após passar por revitalização.
Sob o comando de Mãe Meninazinha de Oxum, do Ilê Omolu Oxum, considerada um das Casas de Axé mais tradicionais do Rio, o Museu possui um acervo com mais de 120 itens inventariados, entre objetos sagrados, fotografias e documentos.
O Memorial foi criado em 1997 em homenagem à Iyá Davina, referência do Candomblé, nascida em 1880, que é avó de Mãe Meninazinha de Oxum.
A Iyalorixá conta que a ideia de criar um museu surgiu da observação do uso de um banco que pertenceu a avó.
Para Mãe Meninazinha, a disponibilização do acervo oferece uma oportunidade para que as penssoas entendam e respeitem mais as religiões de matriz africana.
O curador do acervo, Marco Antônio Teobaldo, afirma que a exepctativa é democratizar o acesso a essa coleção também no ambiente digital. Teobaldo destaca o pioneirismo de Mãe Meninazinha de Oxum ao criar a instituição, que é registrada no IBRAM, Instituto Brasileiro de Museus, e é um dos poucos museus existentes na baixada fluminense.
Mãe Meninazinha de Oxum também está á frente do movimento que conseguiu a transferência de objetos sagrados das religiões de matriz africana, da Polícia Civil do Rio do Estado para o Museu da República no Rio de Janeiro.
A reinauguração do Museu Memorial Iya Davina será às seis horas da noite, em transmissão online pelo Facebook do Ilê Omolu Oxum, devido às restrições da pandemia.
Na ocasião, também será lançado o documentário “Balaio de Omolu”, onde Mãe Meninazinha revive as lembranças do seu terreiro e revisita o acervo de objetos sagrados do Museu.
