Hoje (18) é o Dia Mundial de Conscientização sobre Câncer de Rim
Mais de 400 mil novos casos de câncer de rim são registrados por ano em todo o mundo. Os dados são do último levantamento do Observatório Global do Câncer, da Organização Mundial da Saúde, realizado em 2018. O número de mortes chega a 175 mil. A doença representa a décima maior causa de morte por câncer em homens.
No Brasil são cerca de seis mil novos casos de câncer renal por ano, terceiro tumor em órgãos genitais e urinários mais comum no país. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), a incidência é quase duas vezes maior entre os homens.
A empresária catarinense Maristela Pereira, recém operada do único rim que tem, conta que várias pessoas da família dela sofrem de problema renal.
“Muitos da minha família por parte do meu pai tinham rins policísticos. É uma doença hereditária, mas a minha foi se agravando. Estou fazendo tratamento há mais de 20 anos. Um rim eu já havia perdido. Depois de um tempo eu fui fazer uma ressonância e foi detectado que meu rim estava gigante, quatro vezes maior que um rim normal. Hoje faz um ano da cirurgia. Estou feliz da vida, renasci, estou bem mesmo. Por pouco não ia para a hemodiálise”, conta.
Celebrado nesta quinta-feira (18) com o lema “Seja ativo/Sente-se menos”, o Dia Mundial de Conscientização sobre Câncer de rim traz uma novidade este ano: uma tecnologia para minimizar os casos mais complexos da doença, a cirurgia robótica.
O cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica, em São Paulo, explica as diferenças entre a técnica convencional e a que utiliza a robótica.
“A cirurgia robótica mais recentemente introduzida no nosso meio traz como benefício à cirurgia laparoscópica e mesmo a convencional aberta a grande liberdade de movimentos que o robô confere ao cirugião. Isso faz com que a cirurgia seja mais rápida, tenha menos chance de sangramento e menor tempo de esquemia. O tratamento do tumor de rim baseia-se, principalmente, no tratamento cirúrgico. Pela biologia desses tumores, tratamentos como quimioterapia e radioterapia são menos eficientes para o controle da doença loca. Por isso, diagóstico precoce e tratamento personalizado é a chave para o sucesso”, explica.
O médico afirma que as atividades físicas podem diminuir o risco de câncer renal em 22% e aumentam as chances de sucesso do tratamento, reduzindo os sintomas de fadiga, ansiedade e depressão.
