Pesquisadores da Unip criam sistema para construir próteses faciais a baixo custo
Pesquisadores da Universidade Paulista, a Unip, desenvolveram um método mais rápido e com menos custos para implantação de próteses faciais.
Essas próteses são utilizadas por pacientes que tem deformidades ou que perderam parte de seu rosto em acidentes ou doenças.
Na técnica tradicional, o paciente passa por um processo de moldagem praticamente artesanal em que um especialista vai construindo a escultura a partir do rosto dele. Em média o paciente precisa ficar com o especialista um total de 24 horas para obter a prótese final. Já com a técnica desenvolvida pelos pesquisadores, o paciente fica somente 3 horas. Nessa técnica são utilizadas câmeras de smartphones, o software livre OrtogOnBlender e impressoras 3D, como explica o professor Luciano Dib, que trabalha na área de cirurgia bucomaxilofacial há mais de 30 anos e coordenou a pesquisa.
Em termos econômicos, a técnica também é mais vantajosa pois não utiliza tecnologia de alto custo, como scanners e câmeras fotográficas 3D, que custam mais de 80 mil dólares. Outra vantagem desse procedimento é o uso de software livre, sem necessidade de pagar licenças anualmente.
E para ajudar cada vez mais pessoas que necessitem das próteses, o professor Luciano Dib estabeleceu uma parceria entre a ONG Mais Identidade, que promove o atendimento a pacientes que necessitem de reabilitação maxilofacial, com a faculdade de odontologia da Universidade Paulista, a UNIP, para montar um centro de atendimento gratuito para pessoas que precisem de próteses faciais.
A previsão é que o local seja inaugurado daqui a 2 meses.
