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Situação continua tensa em reintegração de posse de terreno em Osasco

A situação permanece tensa na reintegração de posse de um terreno no Jardim Bonança, na cidade de Osasco, Grande São Paulo. Já foram registrados alguns confrontos entre policiais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e moradores na manhã de hoje (11). Quando parecia que a retirada das famílias estava controlada, começou nova correria e alguns moradores passaram a atirar pedras nos policiais que revidavam com bombas de efeito moral. Pelo menos 12 carros da Polícia Militar dão apoio à ação comandada pela GCM de Osasco.

No início da manhã, foram registrados três focos de incêndio nas entradas da ocupação, feitos com barricadas e um carro. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu apagar as chamas. Segundo o capitão da Polícia Militar Márcio Agamenon, a GCM de Osasco é responsável pela ação de remoção das famílias, já que o terreno pertence à prefeitura. “É uma operação de retirada de pessoas de área de risco. Foi [feito um] levantamento e esse local pode ter risco para as pessoas, ainda mais porque é um período de muita chuva. A prefeitura resolveu retirá-las para resguardá-las.”

A prefeitura de Osasco informou, por meio de nota, que a área invadida pertence ao Parque Ecológico do Jardim Bonança, na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira. Segundo a prefeitura, o local é uma Área de Preservação Permanente (APP) e a ocupação provocou uma série de crimes ambientais, como o corte de vegetação. Além disso, o local é considerado área de risco, com perigo de deslizamento do solo, devido à inclinação do terreno.

A Secretaria de Comunicação da prefeitura disse, ainda, que a desocupação determinada pela administração municipal “tem o dever de zelar pelo patrimônio público e a segurança dos ocupantes devido à instabilidade do local”. De acordo com a secretaria, a prefeitura tenta resolver a situação de forma pacífica. “Para tanto, vem mantendo o diálogo e notificou com antecedência os ocupantes para deixarem a área há menos de três meses.”

A PM, que acompanhava a distância, teve de intervir para evitar a propagação do tumulto e dispersar os manifestantes.

O secretário de Assuntos Institucionais da prefeitura de Osasco, Waldyr Ribeiro Filho, foi até o local, mas precisou sair às pressas, praticamente escoltado por policiais, em função da revolta dos moradores por causa da desocupação. Ele reiterou que a retirada se deve ao fato de o terreno, cuja dimensão ele não soube informar, ser uma área de preservação permanente. O secretário declarou, ainda, que foram disponibilizados caminhões para o transporte dos pertences das famílias para um local definido por elas.

Uma pessoa ferida no rosto disse que foi atingida por uma bala de borracha. Ela não quis se identificar e queixou-se da truculência da CGM. O porta-voz dos moradores da ocupação, que se identificou como Antônio Manoel da Silva, 62 anos, disse que ao menos 11 pessoas ficaram feridas. De acordo com ele, os primeiros barracos foram erguidos na área, há oito meses. Hoje, moravam no terreno, segundo ele, 2,4 mil pessoas. Todos foram para o local para fugir do aluguel. O líder comunitário negou que as famílias tenham desmatado área de vegetação.

* Matéria atualizada às 13h12 para acréscimo de informações.

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