Rio deve ter feriado prolongado para combater a covid-19
O Rio de Janeiro deve ter um feriadão prolongado entre 26 de março e 4 de abril para tentar reduzir a circulação de pessoas e frear o contágio pela covid-19. A medida foi discutida em uma reunião realizada neste sábado (20) entre o governador em exercício do estado, Claudio Castro, e representantes do empresariado de diferentes setores, como comércio, hotéis, bares e restaurantes e indústria.
Neste final de semana, todas as praias e áreas de lazer da cidade do Rio estão fechadas para evitar aglomerações. A medida vale até a madrugada desta segunda-feira, quando o prefeito vai se reunir novamente com o comitê científico que assessora a prefeitura e anunciar os novos passos no enfrentamento da emergência sanitária.
A capital tem atualmente o maior número de pessoas internadas em tratamento intensivo desde o início da pandemia, embora tenha taxas de mortalidade e de letalidade menores do que o ano passado, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. A taxa de ocupação dos leitos da rede SUS, neste domingo, está em 93% nas UTIs e em 84% nas enfermarias. Levando-se em conta todo o estado, a ocupação nos leitos de tratamento intensivo está em 85,5%.
O governador discute também a adoção de medidas restritivas conjuntas para a região metropolitana e se reúne novamente neste domingo (21) com o prefeito da capital, Eduardo Paes e de Niterói, Axel Grael. Na sexta-feira (19), o prefeito do Rio já adiantou que vai endurecer as restrições na capital a partir deste fim de semana e sugeriu que o mesmo fosse feito nas cidades vizinhas sob a coordenação do governador. No comunicado enviado à imprensa neste sábado (20), Cláudio Castro destacou que as decisões serão tomadas com base em critérios técnicos e que a preocupação principal é com a vida das pessoas, mas destacou que é preciso ouvir as necessidades e aflições do setor produtivo.
O governador anunciou ainda que nesta segunda-feira (22) será distribuído o maior lote de vacinas para os municípios fluminenses garantido até o momento. Serão enviadas 759.100 doses da coronavac e 10 mil da vacina de Oxford/AstraZeneca, que serão utilizadas preferencialmente para imunizar a população quilombola em 26 cidades. Os imunizantes foram entregues ao Rio neste sábado pelo Ministério da Saúde.