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UFRJ investiga trote racista em que estudante branca foi pintada de preto e vestida de garçonete

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está investigando um trote racista realizado no campus de Macaé com calouros do curso de engenharia deste primeiro semestre de 2020.

O inquérito foi aberto depois da postagem de fotos de uma caloura branca que teve todo o corpo pintado de preto e foi vestida de garçonete. As imagens geraram muitas críticas nas redes sociais.

Em nota divulgada no site da instituição na última sexta-feira (6), a direção do campus UFRJ-Macaé afirma que repudia quaisquer manifestações de caráter racista em suas dependências e que as investigações vão ser realizadas seguindo o procedimento legal.

Ainda segundo o texto, caso seja constatado crime de racismo, os envolvidos vão ser responsabilizados tanto na esfera acadêmica quanto na criminal. A universidade proibiu ainda todos os trotes no campus enquanto durarem as investigações e afirmou que lançou, na mesma semana, uma campanha para impedir o trote violento ou vexatório e que condutas de caráter racista, homofóbico, sexista ou que configure qualquer tipo de discriminação serão severamente punidas.

Uma das fotos mostra a caloura segurando uma bandeja em frente à bandeira da Associação Atlética do curso de engenharia. A associação, no entanto, também divulgou uma nota de repúdio sobre o ocorrido e disse que não participou do trote, que apenas teria emprestado a bandeira para a comissão de recepção dos novos alunos. A nota menciona que a foto remete ao black face, prática racista de cerca de 200 anos e diz que, intencionalmente ou não, qualquer ato racista deve ser sempre reprovado.

Depois da repercussão negativa, as fotos originais foram retiradas das redes sociais, mas já haviam sido compartilhadas por vários usuários.

O Diretório Central dos Estudantes da Universidade, o DCE Mario Prata afirmou que encaminhou as fotos e depoimentos para a reitoria.

O diretório também se posicionou reiterando que, além da caricatura de pessoas negras de forma vexatória, pintar calouros de garis, garçons, empregadas domésticas, dentre outras profissões, se classifica igualmente como racismo e demonstra preconceito de classe de forma escancarada.

O DCE pede ainda que os estudantes denunciem trotes vexatórios ou preconceituosos pelo email [email protected].

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