Sobe número de casos de pacientes com síndrome nefroneural em MG
Subiu para dez o número de casos da síndrome nefroneural em Minas Gerais. Um dos pacientes internados morreu na última terça-feira em Juiz de Fora. Os outros nove continuam em tratamento.
A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde local.
A Polícia Civil suspeita de que lotes de cervejas produzidas pela fábrica mineira Backer podem ter sido contaminadas pela substância e intoxicado os consumidores.
Todos os pacientes chegaram a hospitais de Belo Horizonte e de Juiz de Fora com sintomas semelhantes, entre eles insuficiência renal aguda, paralisia facial e borramento visual.
Exames acusaram a presença da substância di-etileno-glicol no sangue, de ao menos três pacientes internados.
Tóxico, o di-etileno-glicol costuma ser usado em sistemas de refrigeração, devido as suas propriedades anticongelantes.
Diante da suspeita, o Ministério da Agricultura decidiu interditar a cervejaria Backer e apreender, em caráter cautelar, 16 mil litros de cervejas que estavam prestes a ser distribuídos para venda, além do recolhimento das garrafas.
Também foi criada uma força-tarefa, composta por técnicos da secretaria estadual de Saúde, da secretaria municipal de Belo Horizonte, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde e do Ministério da Saúde.
Em nota divulgada, a Backer aponta que a interdição de sua fábrica, em caráter cautelar, não representa que a empresa tenha sido responsabilizada administrativamente ou criminalmente pelo estado dos pacientes internados devido à síndrome nefroneural.
A cervejaria informa ainda que, conforme programada e já anunciado, interrompeu suas atividades para vistoriar todos os seus processos de produção.
A Backer está recebendo de volta os vasilhames da Belorizontina.